terça-feira, 2 de outubro de 2007

[Datas Comemorativas] Veja e Comemore - Porfessor Elmo - História Geral

OUTUBRO

01 – Dia do Prefeito.
01 – Dia do Viajante Comercial.
01 – Dia Internacional do Idoso.
01 – Dia Mundial do Vendedor.
01 – Dia Nacional do Vereador.
03 – Dia do Barman.
03 – Dia Nacional do Dentista.
04 – Dia do Incorrigível.
04 – Dia Internacional dos Animais.
04 – Dia Universal da Anistia.
05 – Dia da Ave.
05 – Dia do Bóia Fria.
05 – Dia Mundial do Professor.
06 – Dia do Início da Semana da Criança.
07 – Dia Nacional do Compositor.
08 – Dia do Nordestino.
08 – Dia pelo Direito à Vida.
09 – Dia do Atletismo.
09 – Dia Mundial do Correio.
10 – Dia da Honestidade.
10 – Dia do Empresário Brasileiro.
10 – Dia do Lions Internacional.
10 – Dia do Representante Comercial.
10 – Dia Mundial da Saúde Mental.
11 – Dia do Deficiente Físico.
12 – Dia da Criança.
12 – Dia da Raça.
12 – Dia das Américas.
12 – Dia de Nossa Senhora Aparecida.
12 – Dia do Basquete.
12 – Dia do Corretor de Seguros.
12 – Dia do Descobrimento da América.
12 – Dia do Engenheiro Agrônomo.
12 – Dia do Mar.
13 – Dia do Fisioterapeuta.
15 – Dia da Normalista.
15 – Dia do Professor.
16 – Dia da Tecnologia e Ciência.
16 – Dia do Anestesista.
16 – Dia do Instrutor de Auto Escola.
16 – Dia Mundial da Alimentação.
17 – Dia do Eletricista.
17 – Dia Internacional da Erradicação da Pobreza.
17 – Dia Nacional da Vacinação.
18 – Dia do Estivador.
18 – Dia do Médico.
18 – Dia do Pintor.
18 – Dia do Securitário.
19 – Dia do Guarda Noturno.
20 – Dia do Arquivista.
20 – Dia do Poeta.
20 – Dia Internacional do Controlador de Tráfego Aéreo.
21 – Dia do Contato Publicitário.
22 – Dia da Sedução.
22 – Dia do Pára-quedista.
23 – Dia da Aviação.
23 – Dia do Aviador.
23 – Dia do Avião Brasileiro.
24 – Dia das Nações Unidas.
24 – Dia Mundial do Desenvolvimento.
24 – Dia Mundial do Desenvolvimento da Informação.
25 – Dia da Democracia.
25 – Dia da Saúde Dentária.
25 – Dia do Cirurgião Dentista.
25 – Dia do Macarrão.
25 – Dia do Sapateiro.
25 – Dia Mundial do Dentista.
27 – Dia Mundial de Oração pela Paz.
28 – Dia do Servidor Público.
29 – Dia Nacional do Livro.
30 – Dia do Balconista.
30 – Dia do Comerciário.
30 – Dia do Lobinho.
31 – Dia da Dona de Casa.
31 – Dia das Bruxas.
31 – Dia Mundial da Poupança.
Fonte: http://www.felipex.com.br/cur_datas_com01.htm

terça-feira, 11 de setembro de 2007

HISTÓRIA DO BRASIL: CÉZAR SILVA

O barão e visconde de mauá: o empresário do Império.



Irineu Evangelista de Souza, barão e visconde de Mauá, nascido em Arroio Grande-RS, em dezembro de 1813, mudou-se para o Rio em 1823. Aos onze anos, era contínuo. Aos quinze, o homem de confiança do patrão. Aos 23, sócio de um escocês excêntrico. Aos trinta, um dos comerciantes mais ricos do Brasil. Era pouco: aos 32, Irineu decidiu virar industrial - O primeiro do Brasil. Tentou introduzir a nação no mundo do capitalismo moderno, promover a indústria pesada, estabelecer de vez o trbalho assalariado, a economia de mercado e o liberalismo. Foi incompreendido, desprezado, perseguido, humilhado, ofendido - e faliu. Mauá fez quase tudo certo: apenas esqueceu que vivia num país ruralista, escravocrata e latifundiário, cuja economia era controlada pelo Estado. Ainda assim a obra de Mauá foi grandiosa e - apesar dos lucros trazidos pelo café - é quase que exclusivamente graças a ele que se pode falar em boom econômico do Segundo Reinado.
O orçamento das empresas Mauá era maior que o próprio orçamento do Império. Mauá criou a primeira multinacional brasileira; foi o pioneiro na globalização da economia, foi o primeiro (e até hoje um dos únicos) empresário brasileiro respeitado e admirado no exterior. Virou verbete da Enciclopédia Britânica e personagem citado por Júlio Verne (em a volta ao mundo em 80 dias). Tinha apoio e respeito do Barão Rothshild e dos irmãos Barings - os maiores banquerios do seu tempo.
O imperador D. Pedro II e o Barão jamais tiveram uma discussão pública, mas, embora fossem vizinhos, sua incompatibilidade de gênios é notória. O desprezo pela idéias e propostas de Mauá - e o torpedeamento contínuo de seus projetos feito pelos políticos fiéis ao imperador - se configura como um dos mais desastrados e lamentáveis episódios da pobre história econômica do Brasil.

A crise de 1875 e a má vontade do governo o levaram a falência, em 1878. Mas Mauá pagou tudo o que devia. Ao morrer, em outubro de 1889, perdera seu império industrial. Mas não devia nada a ninguém.

Anguns empreendimentos de Mauá:

  • Bancos Mauá;
  • Mac-Gregor & Cia;
  • Casa Mauá & Cia;
  • Companhia de Bondes do Jardim Botânico(RJ);
  • Companhia de Gás do Rio de Janeiro;
  • Companhia de Navegação a Vapor do Rio Amazonas;
  • Estradas de Ferro Mauá;
  • Companhia de rebocadores a vapor do Rio Grande do Sul;
  • Fundição e estaleiro da Ponta da Areia, em Niterói.

Filme sobre a vida desse grande brasileiro: "O imperador e o rei" (cinema nacional)







domingo, 9 de setembro de 2007

DICAS DE PORTUGUÊS (III)

As provas serão aplicadas nas salas de 30 à 39

O acento indicativo de crase deve ser usado entre numerais ou não?

Veja a explicação:

Entre numerais ocorre o acento indicativo de crase se, anteriormente ao primeiro numeral, houver o artigo a(s), que poderá estar contraído com alguma preposição: de + a(s) = da(s); em + a(s) = na(s).

Caso não haja o artigo a(s) anteriormente ao primeiro numeral, não ocorrerá o acento indicativo de crase entre os numerais. Veja alguns exemplos:

Esperaremos o professor das 8h às 10h. Há a crase entre 8h e 10h, por ter o artigo as contraído com a preposição de (das) antes de 8h.

Precisaremos de oito a dez horas para realizar essa tarefa. Não há crase entre oito e dez, por não ter o artigo antes de oito.

As provas serão aplicadas da sala 30 à 39. Há a crase entre 30 e 39, por ter o artigo a contraído com a preposição de (da) antes de 30, mesmo que haja o substantivo sala entre os dois.

De 100 a 200 pessoas morreram no acidente. Não há crase entre 100 e 200, por não ter o artigo antes de 100.A frase apresentada, então, deve ser escrita sem o acento indicador de crase por não ter o artigo antes de 30:

PORTANTO O CORRETO É:
As provas serão aplicadas nas salas de 30 a 39

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

DICAS DE PORTUGUÊS

Brasileiras goleam ou goleiam?

Trecho de notícia sobre a vitória da seleção feminina neste Pan:

- Brasileiras goleam os EUA por 5 a 0 e faturam ouro

Há alguns verbos que trazem mesmo dúvida na hora de conjugar.

"Golear" é um deles.

No presente, a conjugação pede um "i" no singular e na terceira pessoa do plural:

- eu goleio, tu goleias, ele goleia, eles goleiam.

Na segunda e terceira pessoas do plural, a conjugação é sem a vogal "i", como no infinitivo (golear):

- nós goleamos, vós goleais.

A confusão é essa: parte da conjugação no presente tem a vogal "i", parte não tem.

Logo:

- Brasileiras goleiam os EUA por 5 a 0 e faturam ouro
Para encerrar, vale registrar que no passado e no futuro do indicativo, a conjugação do verbo "golear" também é sem o I.

OZAMIR LIMA

DICAS DE PORTUGUÊS

Frases longas e concordância

Trecho de notícia do dia, uma das várias a abordar o problema nos aeroportos:

- O boletim mais recente da Infraero, divulgado por volta das 16h desta sexta-feira, indica que 507 das 1137 operações programadas (cerca de 44%) para o período apresenta problemas de atraso ou cancelamento

Já comentamos o assunto algumas vezes nesta coluna: frases longas são um convite para problemas de concordância.

Isso seguramente contribuiu para o problema do trecho acima.

Como o sujeito ("507 das 1137 operações") está muito longe do verbo, o redator provalmente concordou com a palavra mais próxima, "período", no singular.

Revendo o trecho:

- O boletim mais recente da Infraero, divulgado por volta das 16h desta sexta-feira, indica que 507 das 1137 operações programadas (cerca de 44%) para o período apresentam problemas de atraso ou cancelamento.
OZAMIR LIMA

segunda-feira, 23 de julho de 2007

DICAS DE PORTUGUÊS (II)

"Ela anda meia nervosa?"


"Ela anda meia nervosa?"Não!!! pois a palavra meio, quando intensificar adjetivo (no caso, a palavra "nervosa"), será advérbio, sendo, conseqüentemente, invariável.

A maneira mais fácil de se observar se meio é advérbio é substituí-lo por outro advérbio de intensidade qualquer. Por exemplo, coloque a palavra bem no lugar de meio. Se a frase continuar tendo nexo, este será invariável. Façamos isso no exemplo apresentado, ou seja, substituamos meio por bem: Ela anda bem nervosa.

A frase está perfeita, portanto deveremos corrigir a primeira, deixando-a assim:
"Ela anda meio nervosa?"
Se não for possível substituir meio por bem, então meio pertencerá a outra classe gramatical, que veremos agora:

Quando meio modificar substantivo, será adjetivo (com o significado de metade de um todo; médio, intermediário), por isso concordará com o substantivo. Por exemplo:


Ele bebeu meia garrafa de café = Ele bebeu metade da garrafa.

Meio ainda pode ser substantivo, significando ponto médio; centro; o que dá passagem ou serventia; condição, circunstância; via por onde se chega a um fim, bens de fortuna (neste último caso, só se usa no plural)...

Outros exemplos:


A situação está meio complicada =A situação está bem complicada.
Basta-me meia xícara = Basta-me metade da xícara.
Esse é meu meio de vida. = condição.
Ozamir Lima

terça-feira, 3 de julho de 2007

VESTIBULAR UFERSA 2007.2



Gabarito 3º dia


DICAS DE PORTUGUÊS

HÁ ALGUMA INCORREÇÃO NA FRASE A SEGUIR? (ozamirlima@hotmail.com)

"É proibida entrada"

Com certeza, você já deparou frases desse tipo, nos mais variados lugares: no comércio, em escritórios e até em escolas. O problema da frase é o seguinte: sempre que utilizar verbo de ligação (ser, estar, parecer, ficar, permanecer, continuar), principalmente o verbo ser, e não houver elemento modificador do sujeito (artigo, adjetivo, numeral), tanto o verbo quanto o predicativo do sujeito devem permanecer na forma masculina, singular. Caso contrário, ou seja, se houver o elemento modificador, ambos - o verbo e o predicativo - concordam com o modificador.

Portanto a frase apresentada está errada.

Corrigindo-a, teremos:

É proibido entrada ou É proibida a entrada.

Outros exemplos:

Pimenta é bom. / Esta pimenta está boa.É necessário dedicação. / A dedicação é necessária.Está proibido brincadeiras. / Estão proibidas as brincadeiras

UFERSA - 2007.2 - GABARITO- DIAS : 1º e 2º

ozamirlima@hotmail.com

domingo, 1 de julho de 2007

[Islamismo] O que é Haj? História Geral - Professor - Elmo

É o nome da peregrinação à cidade de Meca que todo muçulmano deve fazer pelo menos uma vez na vida. Lugar onde se encontra a Pedra Preta, que teria sido dada a Abrão pelo anjo Gabriel.
O Haj tem a duração de seis dias, ele acontece no último mês do calendário muçulmano, as orações feitas neste período devem ser uma para cada dia de peregrinação.
Os peregrinos devem dar sete voltas ao redor da Caaba, e no dia seguinte vão para a Mina, onde se preparam para o ponto alto da peregrinação: a reza no monte Arafat, local onde Maomé teria feito seu último sermão.
Em seguida a multidão vai ao lugar onde se encontra os três pilares representando os demônios, os quais são apedrejados com sete pedrinhas, as quais eram recolhidas de preferência no monte Arafat.
No mesmo dia, segue-se o ritual de sacrifício: um carneiro por pessoa ou uma vaca ou camelo para cada grupo de seis. Nos três dias seguintes os peregrinos paparam-se para a volta, compram mantimentos, os homens raspam a cabeça e todos repetem o ritual em torno da Caaba.

[Egito/França] Napoleão e o nariz da esfinge - História Geral - Professor Elmo

Sempre quando vemos retratos da esfinge em livros, ou a vemos na TV, há algo que nos é impossível nos passar desapercebido: Ela não tem nariz ! Os Egípcios, exímios construtores não a teriam construído com esse defeito notório. Logo, o nariz caiu. Mas o que teria provocado essa queda ? Seria, por acaso, a ação do processo erosivo ao longo dos séculos? Ou então um tremendo raio rasgando os céus ? Nada disso. O triste fim do pobre nariz foi causado pela artilharia de Napoleão em sua luta contra os inglesas no Egito. Simplesmente erraram o alvo!
Atualmente querem tirar a culpa do nosso amigo da mão no casaco, a culpa também poderia ter sido de artilharia mameluca ao ataque contra os franceses.
Não importa quem foi o grande cirurgião plástico que "operou" o nariz na Esfinge, fosse como fosse deveria estar bem melhor antes.

[Guilhotina] História Geral - Professor Elmo

É um aparelho de decapitação mecânica, inventado no período da Revolução Francesa. Criada por Joseph Ignace Gillotin em 1738, a guilhotina tinha a finalidade de proporcionar uma morte rápida e sem dor aos condenados à morte.
O doutor Gillotin defendeu na Assembléia Nacional que esse seria um método mais humanitário, eficaz e igualitário, já que na época os nobres tinham privilégios até na hora de morrer. Porém, com a Revolução Francesa todo e qualquer suspeito de se opor ao regime passou a ser decapitado, dessa forma a guilhotina ficou marcada como símbolo de crueldade e opressão.

[Respostas] Questões de Domingo, 17 de Junho de 2007- História Geral - Professor Elmo

11, E, B, B e A.

domingo, 24 de junho de 2007

ARRAIÁ DO CNSC

FOTOS DE ALGUMAS ALUNAS GATINHAS DO CNSC
(OZAMIR LIMA)






















sábado, 23 de junho de 2007

[Pré-história ]O Homem de Neandertal - Professor Elmo

O Homem de Neandertal conheceu um mundo hostil. A espécie surgiu há cerca de 200 mil anos e desapareceu há pouco mais de 30 mil. Viveu na Europa, parte da Ásia e Oriente Médio. O mundo do neandertal era mais frio e habitado por ursos imensos, mamutes e rinocerontes peludos. Como as feras que foram suas contemporâneas, ele era talhado para o frio. Seu nariz era mais largo, o corpo baixo - não passava de 1,65 metro - e musculoso. Essas adaptações permitiram-lhe resistir melhor ao rigor do clima, mas não foram suficientes para fazê-lo superar o homem moderno, com o qual conviveu por milhares de anos. Hoje, não são poucos os cientistas que supõem que foi a competição com o homem moderno o principal motivo da extinção do neandertal. Basicamente, neandertais e homens modernos compartilham muitas características físicas, embora os primeiros tivessem a testa mais retraída e as sobrancelhas proeminentes. Os neandertais foram capazes de fazer jóias e instrumentos, enterrar seus mortos, caçar organizadamente e acredita-se que tenham desenvolvido alguma forma de linguagem, ainda que mais primitiva.

[Esparta] Que educação...- Professor Elmo

Parta agora para Esparta

Alguma vez, você já parou para pensar como seria a sua vida, se você fosse um garoto espartano, nascido na Grécia Antiga?
Logo ao nascer, seria mostrado aos mais velhos, os quais o examinariam, dizendo se era um garoto saudável ou não. Caso não o fosse, você seria exposto e morto em um local chamado Apothetae. Um teste que lhe seria feito é o da bacia com vinho, no qual seria mergulhado e somente os que possuíam uma excelente saúde resistiriam sem sequer desmaiar.

O menino espartano, do seu nascimento até os seus sessenta anos, estaria sob as ordens e disciplina do Estado e, de seis em seis anos, se iniciava uma nova fase em sua vida.

Durante os seis primeiros anos de vida, você seria cuidado por sua mãe, porém, depois, iria viver em quartéis, sob uma educação claramente militar. O rigor dos seus treinamentos físicos e militares aumentaria com o passar dos anos. Você dormiria em um colchão feito de madeira e teria de se acostumar à quantidade de comida que lhe seria servida. Para suplantar as suas necessidades, teria de praticar o roubo.

Assim que completasse seus 12 anos, já estaria sendo treinado com o máximo de rigor e disciplina possíveis. O seu cabelo seria cortado bem curto, ficaria descalço sem roupa alguma e teria de fazer exercícios físicos nu.

Juntamente com os seus colegas, você teria de fazer tarefas como limpar o quartel, arrumar as coisas etc.

Aos 18 anos, você seria considerado legalmente maior de idade, mas não militarmente. Seria considerado um postulante e faria testes para o exército, ainda não como combatente.

Aos 19 anos, se tornaria um combatente, mas não um soldado de primeira linha, o qual só poderia ser aos 24 anos de idade.

Assim que chegasse aos 30 anos, conseguiria sua cidadania completa, podendo se casar, ter filhos e morar numa casa, que seria sua, não mais em quartéis com várias pessoas num mesmo ambiente. Além disso, poderia deixar o seu cabelo crescer e mostrar, com orgulho, os seus longos cabelos, os quais mostravam que já havia atingido a maturidade e servido ao Estado.

[Os Celtas] Será verdade? História Geral - Professor Elmo

Gregos e Romanos como colônias celtas?
Os Celtas tiveram duas grandes ondas migratórias, ou seja, em dois momentos começaram a se espalhar como diria o cantor Vini "água morro abaixo e fogo morro acima". Primeiro foi em 1800 aC., quando surgiu a idéia de terra sagrada, precisavam achar esta terra sagrada, saíram então por todas as direções.

No princípio moravam na região da Alemanha, mas foram para onde fica hoje a França, a Itália, Grécia, Espanha, Portugal e mesmo a Turquia. Levaram com eles suas lendas, suas histórias sobre os 4 artefatos sagrados, e seus costumes . Certamente esses costumes influenciaram os futuros gregos e romanos, mas daí a dizer que eles fundaram esses povos.

O fato é que não dá para dizer que um povo é fundado, aos poucos pessoas de vários locais vem para uma mesma terra, lá se encontram, trocam informações e acabam desenvolvendo uma cultura própria, a Grécia e Roma não são colônias celtas, mas com certeza eles estiveram lá, e fizeram parte destas sociedades

Uma vez tendo chegado à Inglaterra, uma nova onde migratória ocorreu, queriam espalhar para todos os outros celtas as ciências druídas, o contato se fazia em geral em torno deles. Assim os homens mantiveram-se nas terras em que moravam já que os druídas vinham até eles, ocupando portanto um vasto território. O seu contato com os povos do Mediterrâneo foi constante, embora sempre se diga que não se entenderam muito bem. Os Romanos que o digam, levaram séculos para consquistá-los, tanto na França (de onde surgiu a história de Asterix e Obelix) como na Inglaterra, tanto que jamais a conquistaram por inteiro.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

[Curiosidades na História] Professor Elmo

E se os gregos não tivessem existido?
Menos inquietações existenciais, menos obras de arte e o homem em segundo plano. Assim seria o hemisfério ocidental caso a civilização grega jamais tivesse existido. "A sociedade seria menos reflexiva e racional. Viveríamos baseados apenas na fé", diz José Leonardo Nascimento, professor da Universidade Estadual Paulista. Imaginar uma situação como essa não é tarefa fácil. Afinal, a influência grega no Ocidente é profunda e vasta. Por outro lado, pensar nessa hipótese só é possível graças aos gregos, já que a reflexão intelectual nasceu entre eles e não há dúvidas de que este seja seu maior legado.

"A tomada de consciência do homem sobre si mesmo e sobre os fenômenos que os cercam não ocorreu apenas na Grécia, mas foi ali que, por força de uma cultura dedicada à figura humana, desenvolveram-se explicações racionais como a matemática, a medicina e a filosofia", afirma Donaldo Schüller, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para ele, a base de toda inquietação humana vem desse processo de racionalização da natureza. "Os gregos do século VI a.C. abandonaram as soluções metafísicas e espirituais do mundo e buscaram explicações racionais para os eventos que influenciavam suas vidas. Este é o início da ciência como a conhecemos. Portanto, sem os gregos ninguém estaria quebrando a cabeça tentando se conhecer, o que seria a morte de qualquer corrente filosófica", diz Schüller.

O antropocentrismo – palavra grega que significa o homem como centro de tudo – é outra herança daquele povo. Segundo José Leonardo Nascimento, esse conceito foi fundamental para a definição do pensamento ocidental, influenciando diversas áreas do conhecimento, das artes às religiões. Uma idéia original e única em todo o mundo.

Apesar de toda sua importância sobre o mundo antigo, a cultura grega e suas influências estiveram adormecidas durante a Idade Média, quando o sentimento religioso e místico predominou. "Pensar em um mundo desprovido da influência grega é pensar na idade média até o renascimento", diz Nascimento.

"As medidas do homem (antropometrismo), suas feições e expressões, passaram a ser usadas nas artes plásticas e a servir de referência para nossas criações mitológicas e religiosas", afirma Nascimento. A idéia de representar o homem tal como ele é não existiria. Em seu lugar, as artes seriam povoadas de manifestações bem distantes do real, como as colossais obras egípcias. Imagine essa tendência aplicada na arquitetura. Teríamos contruções monumentais, adequadas às dimensões dos deuses e não às do homem.

É difícil imaginar o que seria das artes ocidentais sem toda a referência clássica. "Sem a Grécia teríamos o embotamento da cultura dos sentidos", diz Nascimento. Em outras palavras, as artes não teriam o homem como referência e iria prevalecer outro tipo de modelo. "Tendo como padrão a arte egípcia, por exemplo, nosso imaginário estaria repleto de figuras descomunais, com aparência divina e animal", explica.

Além das artes, essa forma de ver o mundo foi definitiva nos campos da ciência e da religião. Doutores do Cristianismo, como São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, fundiram o pensamento grego aos fundamentos da religião. Sem a influência grega, o Cristianismo seria muito mais austero, menos afeito aos sincretismos e, sobretudo, sem as figuras dos santos. Talvez não se tornasse a religião predominante sobre a Terra. Sem a filosofia clássica, o cristianismo seria pouco mais que uma seita neojudaica.

Para o professor Schüller, o homem ocidental seria outro. A consciência sobre nós mesmos, nossos medos, traumas e desejos, também. "Freud provavelmente teria outro emprego. O homem se confrontando com seus limites é uma invenção grega", diz. Uma situação impensável sob a ótica do budismo, por exemplo, posto que a doutrina oriental suprime o desejo na busca da tranqüilidade de espírito.

[Grécia Antiga] Revisando História Geral - Professor Elmo

RESPONDA: Sobre a Civilização Grega – Professor Elmo

01.(UFCE) No mês de julho de 1996, foram realizados os Jogos Olímpicos em Atlanta, nos Estados Unidos.
Sobre a origem desses jogos é correto afirmar:
01. os Jogos Olímpicos faziam parte dos festejos sociais e políticos das cidades da Grécia Antiga.
02. durante a realização dos Jogos Olímpicos se estabelecia uma trégua entre as cidades em guerra.
04.os Jogos Olímpicos eram desprestigiados pelas autoridades político-militares da Grécia Antiga.
08. os vencedores do jogos eram festejados, premiados e tratados como heróis das suas cidades.
16. o termo Olimpíadas tem origem nos jogos quadrienais, realizados nas cidades gregas de Corinto e Delfos.

02. (UFSC) Assinale a ÚNICA proposição CORRETA. Entre os povos indo-europeus, que foram os principais fundadores das Cidades-estados da Grécia Clássica, encontram-se os:
a) Sumérios, Aqueus, Eólios e Godos.
b) Aqueus, Jônios, Eólios e Francos.
c) Jônios, Persas, Aqueus e Dórios.
d) Eólios, Vândalos, Jônios e Aqueus.
e) Aqueus, Dórios, Jônios e Eólios.

03. (Faculdade Positivo-PR) Em que civilização antiga a mulher gozava de grande prestígio?
a) Fenícia
b) Cretense
c) Grega
d) Micênica
e) Babilônica

04. Foram características dos Genos na Grécia Antiga EXCETO:
a) crença na existência de um antepassado comum.
b) produção econômica baseada no trabalho escravo.
c) produção voltada para o autoconsumo.
d) existência de um pater ou patriarca.
e) propriedade coletiva dos meios de produção.

05.(FGV-RJ) As Cidades-Estados, na Grécia:
1. eram politicamente autônomas.
2. apresentavam organização econômica solidária.
3. estavam unidas na política de colonização do Mediterrâneo.
4. possuíam princípios religiosos antagônicos.
5. mantiveram política comercial comum.

domingo, 17 de junho de 2007

VOCÊ SABE USAR A CRASE ? (2 )

As frases estão certas ou erradas?

Eu não me referi a sua namorada...
certa
errada

...mas me referi aquela garota que lá está.
certa
errada

Cheguei à casa ao meio-dia.
certa
errada

Cheguei à casa de Eduardo ao meio-dia.
certa
errada

Quando chegaram a terra, os marinheiros festejaram o retorno ao lar.
certa
errada

A reação que você teve foi análoga a que tive quando a encontrei.
certa
errada

Não obedeço a regras absurdas.
certa
errada

O detetive seguia a mulher à distância.
certa
errada

As secretárias as quais já paguei o salário podem retirar-se agora.
certa
errada

A conjugação do verbo aderir é idêntica à do verbo preferir.
certa
errada


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Ozamir Lima

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Lamarca: Cézar Silva

Li no jornal O Globo a seguinte notícia:

Será apresentado hoje à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça o relatório sobre o pedido de promoção do ex-capitão do Exército Carlos Lamarca, morto em 1971, na Bahia, como um dos principais líderes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). O pedido foi apresentado por Maria Pavan, viúva de Lamarca. Se o pleito for atendido, Lamarca poderá ser promovido a general, e a viúva terá direito à correção da pensão e a um valor relativo à diferença dos salários não recebida ao longo dos últimos anos.
A comissão deve apreciar ainda pedido que garante a Maria e os filhos de Lamarca, Cláudia e César Pavan, uma compensação financeira pelo período que passaram exilados em Cuba.

Antes de deixar o Exército e partir para a guerrilha com os colegas de VPR, Lamarca mandou a mulher e os dois filhos para Cuba.


COMENTÁRIO: Com o golpe militar que instaurou a ditadura no Brasil, houve posteriormente um gradativo endurecimento do regime que levaria ao surgimento de grupos guerrilheiros que se lançaram à luta armada. Entre esses guerrilheiros que para financiar a luta contra a ditadura recorreram a assaltos e a seqüestros de diplomatas, estava o Capitão do Exército Carlos Lamarca. Exímio atirador e brilhante estrategista, integrou-se a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), criou um foco de guerrilha rural, no vale do Ribeira, região sul do estado de São Paulo. Na luta contra o regime militar, o capitão Lamarca foi morto no sertão baiano no ano de 1971.

Outros grupos guerrilheiros

Aliança de Libertação Nacional: Sob a liderança de Carlos Marighella, operou nas regiões da grandes capitais brasileiras.

Guerrilha do Araguaia: Movimento que envolveu mais pessoas e o mais longo, foi organizado por membros do PC do B.


domingo, 10 de junho de 2007

PSV 2008- UERN

Publico resumo do livro O Ateneu, que é leitura obrigatória para o PSV 2008 da UERN, boa leitura.

OZAMIR LIMA

O Ateneu - (Raul Pompéia) - resumo

PERSONAGENS:

Sérgio – protagonista e narrador;

Aristarco – diretor do colégio (internato). É autoritário, egocêntrico e moralista;

Franco – sempre fora a vítima das brincadeiras de mau gosto dos outros;

Bento Alves – o misterioso e protetor;

Rabelo – o conselheiro;

Sanches - amigo, colega da classe.

Ema – mulher de Aristarco, substitui a mãe de todos os alunos;



Tendo por cenário um internato e por protagonizar um menino de onze anos, Sérgio, O Ateneu é tematizado pelo drama da solidão, do desajuste do indivíduo em relação ao meio.

A história é narrada em primeira pessoa pelo personagem principal, Sérgio, já adulto. Não linearmente, ele mostra os dois anos em que viveu no internato que fora obrigado a ir pelo seu pai, e que servia de metáfora para a Monarquia o qual tinha como diretor Aristarco. São narrados episódios de suas amizades, seus colegas interferindo com ele, a tensão homossexual entre os alunos do internato, a falsidade de uns, a deformação de caráter de outros e a única pessoa que lhes ajudava no internato, Dona Ema, mulher de Aristarco, por quem tinha uma paixão platônica.

Essa reconstituição compreende uma descrição expressionista de pessoas e ambientes em que o narrador desnuda cruelmente os colegas, como por exemplo, Ribas, que canta como anjos, Franco, o eterno penitente, Barreto, um colega para quem o mal eram as fêmeas e que se aproxima de Sérgio com suas idéias obre inferno e perdição, os professores e o diretor, reduzindo-os a caricaturas grotescas, nas quais se percebe a intenção de deformar, como se Sérgio estivesse vingando-se do seu passado e de todos que faziam parte do Ateneu.

Quando a escola é incendiada no final da história por um aluno durante as férias, Ema foge. Sérgio presencia a cena pois estava convalescendo ainda na escola. Essa obra foi chamada pelo autor de “Crônica de Saudades” e ultrapassa a dimensão autobiográfica por causa de sua qualidade literária.


O Ateneu, Crônica de Saudades, estrutura-se através de “manchas de recordação”, ou seja, de uma sucessão de episódios, cujo fio condutor é a memória do personagem-narrador. Não há propriamente um enredo. Relatamos, a seguir alguns episódios:

Com onze anos, o menino Sérgio (que narra a história em primeira pessoa) entra para o “Ateneu”, famoso colégio interno dirigido pelo Dr. Aristarco Argolô de Ramos. Principia falando de Aristarco:

“um personagem que, ao primeiro exame, produzia-nos a impressão de um enfermo, desta enfermidade atroz e estranha; a obsessão da própria estátua. Como tardasse a estátua, Aristarco interinamente satisfazia-se com a influência dos estudantes ricos para seu instituto. De fato, os educandos do “Ateneu” “significavam a fina flor da mocidade brasileira”.

O pai de Sérgio, ao deixá-lo à porta do “Ateneu”, disse-lhe:

“Vais encontrar o mundo. Coragem para a luta”.

E o narrador acrescenta:

“Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico...”

Sobre os companheiros de classe, diz:

“eram cerca de vinte: uma variedade de tipos que me divertia: o Gualtério, o Nascimento, o Álvares, o Mânlio, o Almeidinha, o Mauríllio, o Negrão, o Batista Carlos, o Cruz, o Sanches e o resto, uma cambadinha indistinta, adormentados nos últimos bancos, confundidos na sombra preguiçosa do fundo de sala.”

Nos primeiros dias, Sérgio atravessa por um período de ajustamento, e conversando com o Rebelo, um veterano, este assim opina sobre os companheiros:

“Têm mais pecados na consciência que um confessor no ouvido, uma mentira em cada dente, um vicio em cada polegada de pele. Fiem-se neles... São servis, traidores, brutais, adulões. Fuja deles, fuja deles. Cheiram a corrupção, emprestam de longe. Corja de hipócritas! Imorais! Cada dia de vida tem-lhes vergonha da véspera. Mas você é criança; não digo tudo o que vale a generosa mocidade. Com eles mesmos há de aprender o que são... Os rapazes tímidos, ingênuos, sem sangue, são brandamente impelidos para o sexo da franqueza; são dominados, festejados, pervertidos como meninas ao desamparo. Quando, em segredo dos pais, pensam que o colégio é a melhor das vidas, com o acolhimento dos mais velhos, entre brejeiros e afetuosos, estão perdidos... Faça-se homem, meu amigo. Comece por não admitir protetores.”

Após a fase inicial de ajustamento, Sérgio vai-se habituando à vida do internato. Interessa-se pelos estudos, graças à ajuda de Sanches. Mas o Sanches estava mal intencionado: seu plano era perverter Sérgio. E, como não consegue, passa a persegui-lo, como “vigilante” que era. O resultado é que Sérgio, de bom aluno, passa a figurar no “livro de notas”, um trágico livro em que cada professor anotava as supostas indisciplinas e que o diretor lia todos os dias perante os alunos para isso reunidos, tornando públicas as atitudes faltosas, as quais eram castigadas rigorosamente. Sérgio entra em perigosa fase de desânimo, tornando-se religioso. Nessa fase tem amizade com Franco, um pobre-diabo que vivia desprezado por todos, o figurava permanentemente no “livro de notas”. Certa vez, Franco para vingar-se dos colegas que haviam maltratado, joga cacos de vidro na piscina. (Sérgio ajuda nesta tarefa.). Felizmente as intenções maldosas de Franco são por acaso frustradas, pois houve a limpeza da piscina antes que os alunos banhassem; mas o episódio fez com que Sérgio, arrependido, deixasse a fase de “misticismo” e passasse a encarar a vida de outra maneira: conta a seu pai o que realmente era o “Ateneu” e resolve, daí por diante, tomar atitudes de pessoa independente, enfrentando inclusive a autoridade despótica e interesseira de Aristarco.

E o narrador: “esse foi o caráter que mantive, depois de tão várias oscilações.”

Nesta altura, introduz novo personagem: O Nearco, um ginasta de grande valor, que acabara de entrar para o “Ateneu”. Embora excelente nos exercícios de ginástica, foi como orador do grêmio literário do colégio que Nearco se destacou. Às reuniões desse órgão estudantil, chamado “Grêmio Amor ao Saber”, Sérgio comparecia como simples assistente. Como o grêmio possuía farta biblioteca, Sérgio começa a freqüentá-la, então que se deu um fato estranho: Freqüentando a biblioteca, Sérgio travou amizade com o Bento Alves, um aluno mais velho que trabalhava como bibliotecário. Uma amizade que logo degenerou, por força das más intenções do Bento Alves. Logo os colegas começaram a dizer piadas e a fazer comentários:

“A malignidade do Barbalho e seu grupo não dormia. Tremendo da represália do Alves, faziam pelos cantos escorraçada maledicência, digna deles”.

Certo dia, o diretor se dirigiu aos alunos:

“Tenho a alma triste, senhores. A imoralidade entrou nessa casa! Recusei-me a dar crédito, rendi-me à evidência...”.

Narra então, o diretor, um caso de “amor” entre dois alunos, inclusive faz referência a uma carta de “amor” em que um dos protagonistas convida o outro para um encontro no jardim e assina: Cândida ( o aluno se chamava Cândido)... E o diretor termina a primeira parte do discurso com a frase:

“Há mulheres no “Ateneu”, meus senhores.”

E o desfecho acontece:

“Aristarco soprou duas vezes através do bigode, inundando o espaço com um bafejo todo poderoso. E, sem exórdio: Levante-se Sr. Cândido Lima! Apresento-lhes, meus senhores, a Sra. Dona Cândida – acrescentou com ironia desanimada. Para o meio da casa! Curve-se diante dos seus colegas. Cândido era um grande menino, beiçudo, louro, de olhos verdes e maneiras difíceis de indolência e enfado. Atravessou devagar a sala, dobrando a cabeça, cobrindo o rosto com a manga, castigado pela curiosidade pública. –Levanto-se, Sr. Emílio Tourinho... Este é o cúmplice, meus senhores. Tourinho era um pouco mais velho que o outro, porém mais baixo; atarracado, moreno, ventas arregaladas, sobrancelhas crespas, fazendo um só arco pela testa. Nada absolutamente conformado para galã, mas era com efeito o amante. –Venha ajoelhar-se com o companheiro. –Agora os auxiliares. E o chamado do diretor, foram deixando os lugares e postando-se de joelhos em seguimento dos principais culpados. Prostrados os doze rapazes perante Aristarco, na passagem alongada entre as cabeceiras das mesas, parecia aquilo em ritual desconhecido de noivado à espera da bênção para o casal frente. Em vez de bênção chovia a cólera.”

E prossegue o autor:

“Conduzidos pelos inspetores, saíram os doze como uma leva de convictos para o gabinete do diretor, onde deviam se literalmente seviciados, segundo a praxe da justiça de arbítrio. Consta que houve mesmo pancada de rijo.”

Sérgio teve, após o episódio com Bento Alves, um amigo “verdadeiro”, Egbert.

Tendo sido transferido para o dormitório dos maiores, Sérgio começa a viver em ambiente mais masculino. Narra os hábitos dos mais velhos, as saídas noturnas pelas janelas, etc.

Conta Sérgio o episódio da morte do colega Franco, vítima de péssima educação que havia recebido em casa e igualmente vítima dos maus-tratos sofridos no “Ateneu”.

E termina o livro com o Incêndio que destrói o “Ateneu”, incêndio, ao que se diz, “propositadamente lançado pelo Américo”, um aluno revoltado, que fora colocado à força pelo pai no internato.

Conclui o autor:

“Aqui suspende a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez se ponderarmos que o tempo e a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo – o funeral para sempre das horas.”


BANDEIRANTES: Cézar Silva


O preço da conquista


O Bandeirismo tem sido considerado, desde o século XIX até os dias de hoje, como um dos "grandes temas" da historiografia brasileira. Durante a primeira metade do século XX, os estudos sobre o bandeirismo serviram de base para a construção da idéia de Pátria e, em especial, de uma identidade para os paulistas nas paginas dos livros da história nacional. Desta maneira os bandeirantes foram transformados em heróis, e responsáveis pelo "desbravamento do sertão" e pela "conquista do território" contra o inimigo espanhol.

Hoje, a imagem de grandiosidade dos bandeirantes é cultivada nas homenagens presentes em: nomes de ruas, rodovias, palácios, monumentos públicos ou em ilustrações e textos de alguns livros escolares.

Os estudos historiográficos sobre o tema, produzidos nas duas últimas décadas, problematizaram a ênfase anteriormente à conquista geopolítica do bandeirismo. Segundo o historiador John M. Monteiro (1994), as bandeiras organizadas pelos paulistas tinham como objetivo principal a caça e a captura dos índios, visando à escravização do mão-de-obra nativa. Portanto, essas incursões, ao invés de contribuírem diretamente para a ocupação do interior, concorreram antes para a devastação de inúmeros povos nativos.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

VOCÊ SABE USAR A CRASE ?

As frases estão certas ou erradas ?


Ela prefere recorrer as bênçãos do vigário da vila.
a) certa
b) errada

Eu estava à toa na vida, quando Hemengarda chegou.
a) certa
b) errada

Postou-se ao lado dele, à espera de uma oportunidade para prosear.
a)certa
b) errada

A medida que iam conversando, o sono incomodava Osbirvânio.
a)certa
b) errada

O jogo começará as 21h.
a) certa
b) errada

Comemos arroz à grega hoje.
a) certa
b)errada

Fui à Brasília no verão do ano passado.
a)certa
b) errada

Assisti à um show do Sepultura na Alemanha.
a)certa
b) errada

Levou Georgina a casa da irmã.
a)certa
b)errada

Estarei esperando-a em casa após às 14h.
a) certa
b)errada

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GABARITO: A alternativa correta está destacada com cor laranja

domingo, 3 de junho de 2007

[História] O Cinema e a História Geral - Professor Elmo

























Reflexão sobre a história:

Uma Cidade sem Passado (Das Schreckliche Mädchen - Alemão, 1989)
Diretor: Michael Verhoeven
Moça de uma cidade pequena decide escrever um texto sobre a cidade na época do nazismo para concorrer em um concurso. Aborda a questão do resgate histórico e a importância da pesquisa para esclarecer a própria história. Mostra igualmente o papel da ideologia na história.

Pré-História:
Mistério da humanidade (1988)
Documentário da National Geographic Society sobre a origem do homem na Terra.

A Guerra do fogo (1981)
Direção: Jean-Jacques Annaud
Destaca a descoberta e a importância do fogo nas comunidades primitivas, as dificuldades de sobrevivência, a diversidade cultural e a organização do homem pré-histórico.

Antiguidade:

Terra dos Faraós (1955)
Direção: Howard Hawks
Relata o reinado do faraó Quéops, em 2800 a.C., e a construção de uma pirâmide (por 20 anos) que seria o seu túmulo.

O egípcio (1954)
Direção: Michael Curtiz.
Ambientado na época do Novo Império.

Cleópatra (1963)
Direção: Joseph L. Mankiewicz
Destaca os romances da famosa rainha do Egito.

Spartacus (1960, EUA)
Direção: Stanley Kubrick
O gladiador Spartacus, em 73 a.C., comanda célebre rebelião de escravos contra a classe dominante de Roma. Filme baseado no romance histórico de Howard Fast, vencedor de quatro Oscars.

Sansão e Dalila (1952)
Direção: Cecil B. de Mille
Tem por eixo o romance de Sansão, um juíz hebraíco, com Dalila.

A Queda do Império Romano (1963)
Direção: Anthony Mann
O tema é o final do Império, assolado pelos bárbaros.

Alexandre Magno (1956)
Direção: Robert Rossem
Sobre a vida do grande conquistador macedônio.

Roma antiga (1987, EUA)
Aborda aspectos da influência cultural de Roma na Civilização ocidental.

As aventuras de Erik, o viking (Erik the viking, 1989, Inglaterra)
Direção: Terry Jones
Sátira dos costumes vikings, narrando a vida do guerreiro Erik, perturbado por matar uma mulher.

Asterix, o gaulês (1968)
Direção: René Goscinny e Uderzo.
Originário de uma popular série de histórias em quadrinhos, destaca com humor os confrontos entre romanos e gauleses.

Asterix e Cleópatra (1968)
Direção: Joseph L. Mankiewicz
Destaca os romances da famosa rainha do Egito.

Átila, o Rei dos Hunos (1954)
Direção: Douglas Sirk
Destaca as conquistas dos hunos e a liderança de Átila, apelidado de "flagelo de Deus."

Os dez mandamentos (The ten commandments, 1956, EUA)
Direção: Cecil B. DeMille
Épico que, inspirado na narrativa bíblica, conta a história de Moisés, do nascimento no Egito à liderança do povo judeu rumo à Terra Prometida.

Os reis do Sol (1963)
Direção: Jack-Lee-Thompson
Filme sobre a civilização maia.

Electra, a Vingadoura (1961)
Direção: Michael Caccoyannis
Baseado na tragédia grega, de mesmo nome, de Sófocles.

Faraó (Pharaoh, 1964, Polônia)
Direção: Jerzy Kawalerowicz
A luta pelo poder entre as classes dirigentes no Egito Antigo. Competente reconstituição de época.

Júlio César (1953)
Direção: Joseph L. Mankiewicz
Filme inspirado na peça homônima de William Shakespeare sobre o conquistador romano, destacando a atuação de Marco Antônio.

Júlio César (1970)
Direção: Stuart Burge
É uma versão mais moderna do filme anterior.

Idade Média:

A Grande Cruzada (1987)
Direção: Franklin Schaffner
Sobre a Cruzada das Crianças, do século XIII.

A Lenda da Flauta Mágica (1972)
Direção: Jacques Demy
Mostrando a típica estrutura de uma cidade medieval, o filme relata a história do flautista que livrou a cidade – Hamelin – dos ratos.

Santa Joana (1957)
Direção: Otto Preminger
Baseado na peça homônima de Bernard Shaw, narra a história de Joana D’Arc, na Guerra dos Cem Anos, mostrando o seu julgamento e condenação.

Brancaleone nas Cruzadas (1970)
Direção: Mario Monicelli
Continuação do Incrível exército de Brancaleone, destacando as aventuras dos cruzados na palestina.

Ricardo, Coração de Leão (1954)
Direção: David Butler
Trata das aventuras do rei Ricardo nas Cruzadas.

Robin Hood, o Príncipe dos Ladrões (1991)
Direção: Kevin Reynolds
Filme centrado na lenda do nobre inglês que lidera um grupo de camponeses rebeldes na floresta de Sherwood, roubando dos ricos para dar aos pobres.

Decameron (1971)
Direção: Pier Paolo Pasolini
Compreende oito histórias retiradas da obra de Boccaccio, satirizando os costumes do século XIV.

El Cid (1961, EUA)
Direção: Anthony Mann
Lendário herói cristão procura unir, no século XI, os membros da nobreza para unificar a Espanha e lutar contra os invasores mouros. Bela reconstituição de época. Espetaculares cenas de batalha.

Em nome de Deus (Stealing Weaven, 1988, Inglaterra/ Iugoslávia)
Direção: Clive Donner
Narra a história verídica do amor entre o filósofo cristão Abelardo e a inteligente Heloísa, na França do século II. Transmite o peso das pressões religiosas medievais sobre a vida das pessoas.

Excalibur (1981)
Direção: John Boorman
Centrado na lenda do rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda, destaca a lealdade e a fidelidade do ideal de cavalaria, em meio ao romance de Lancelot e Guinevere.

O nome da rosa (The name of the rose, 1986, Itália/Alemanha/França)
Direção: Jean-Jacques Annaud
Crimes misteriosos abalam a rotina de uma abadia da Itália medieval. Um sagaz monge franciscano é chamado para resolver o mistério. Baseado no romance, de mesmo nome, do pensador Umberto Eco. Ótima reconstituição de época.

Leão no Inverno (1968)
Direção: Anthony Harvey
Ambientado no século XII, apresenta as disputas pelo trono inglês, envolvendo o fundador da dinastia plantageneta, Henrique II, sua esposa Eleanor da Aquitânia e seus filhos (Henrique III, Ricardo Coração de Leão e João Sem Terra).

Irmão Sol, Irmã Lua (1973)
Direção: Franco Zeffirelli
Tem por eixo o surgimento da Ordem Mendicante dos Franciscanos, destacando a vida de São Francisco e de Santa Clara.

Ivanhoé, o vingador do rei (1952, EUA)
Direção: Richard Thorpe
Aventura histórica, ambientada na Inglaterra medieval, sobre a luta do cavaleiro Ivanhoé contra os inimigos do Rei Ricardo Coração de Leão.

O incrível exército de Brancaleone (1965)
Direção: Mario Monicelli
Sátira aos ideais de cavalaria medieval na época das Cruzadas, tendo como protagonista um nobre arruinado, Brancaleone, em busca de um feudo.

Joana D’Arc (1948)
Direção: Victor Fleming
Destaca a jovem francesa que liderou as tropas francesas no final da Guerra dos Cem Anos.



DEPOIS POSTAREI - O ROL DE HISTÓRIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA

[História] Neonazismo - Professor Elmo

A imigração e a dificuldade de assimilação dos trabalhadores das regiões periféricas da economia européia; a recessão e o desemprego; a degradação do nível de vida; a diminuição da arrecadação de impostos e o ressurgimento de velhos preconceitos étnicos e raciais favorecem, a partir dos anos 80, a retomada de movimentos autoritários e conservadores denominados neonazistas.
Os movimentos manifestam-se de forma violenta e têm nos estrangeiros o alvo preferencial de ataque. Valendo-se também da via institucional parlamentar (Frente Nacional, na França; Liga Lombarda e Movimento Social Fascista, na Itália) para dar voz ativa às suas reivindicações, os movimentos neonazistas têm marcado sua presença na Europa, em especial na Alemanha, Áustria, França e Itália.
No Brasil, “carecas”, skinheads e white power são alguns dos grupos em evidência nos grandes centros urbanos, promovendo ataques verbais, pichações e agressões dirigidas principalmente contra os migrantes nordestinos e a comunidade judaica.

[História] América do Sul - Professor Elmo

Falar da realidade da Venezuela hoje é uma tarefa profundamente complicada, porque partimos da situação de uma população extremamente polarizada, quase incapaz, por enquanto, de criar um mínimo ambiente de tolerância e respeito mútuo, onde parece que manda o princípio: “Falo com você quando desaparecer”, atitude que se sustenta nos dois lados como uma constante. A chegada ao poder do atual presidente Chávez aconteceu num contexto bastante peculiar. De um lado, era evidente o colapso do sistema de partidos que, por causa do clientelismo partidário, – Venezuela é um Estado rico graças ao petróleo –, tinham desacreditado completamente as instituições fundamentais das democracias, isto é, os partidos políticos.
Do outro lado, a riqueza mal administrada havia deixado como conseqüência uma distribuição desigual e uma apropriação da mesma, criando contradições sociais que faziam prever, como de fato ocorreram em várias ocasiões, episódios de violência social e política. Um exemplo foi o “Caracazo” de 1989, quando na capital houve fortes desordens nas ruas e saques de lojas e mercados, em reação à aplicação das primeiras medidas de tipo neoliberal e à corrupção dominante no governo.
As classes populares e boa parte da classe média, embora por razões diferentes, apoiaram o então tenente coronel Hugo Chávez que, com um discurso contundente sobre o tema da injustiça e da luta contra a corrupção, emergiu como o homem providencial para fazer a mudança histórica que muitos esperavam (1998).
Venezuela:
Superfície: 912 mil km2
Capital: Caracas (2 milhões)
População: 25,1 milhões (2002)
Composição: mestiços 67%; brancos 21%;
afro-americanos 10% e índios 2%
Idioma: espanhol
Religião: catolicismo: 94,4%; protestantismo: 5,6%
Governo: república presidencialista
Economia: petróleo (produto principal), pesca, cana de açúcar, banana, milho, bovinos,
suínos, aves.
A Assembléia Nacional Constituinte (1999) apareceu como o meio mais eficaz para conseguir as mudanças. Produziu-se uma transformação do Estado e na mesma Constituição consegui-se dar espaço a certos temas de interesse para o país, inclusive internacionais, como os direitos das mulheres e dos indígenas, povos ancestrais que embora sendo uma pequena parte da população, carregam elementos e riquezas culturais importantes. Como é lógico supor, essas mudanças tão profundas deviam produzir um reajuste nos grupos do poder, que, evidentemente, se encontravam como perdidos nesse novo ambiente. Um grupo de políticos afastados do poder começou a fazer-se presente como força de questionamento. Porém, também dentro do chavismo, as deserções começaram a formar forças opositoras.
A isso deve-se acrescentar o discurso do presidente e sua “super-exposição” nas mídias. Na Venezuela, registram-se, em algumas semanas, até 12 ou 15 horas de cadeia nacional, durante as quais se começou a insistir, não mais na idéia de mudanças sociais e constitucionais para ampliar a base democrática, e sim no uso da palavra revolução para designar um estilo agressivo de exercer o controle do Estado, mediante a utilização do corpo militar em quase todas as repartições da administração pública, processo iniciado no famoso plano Bolívar 2000. Neste caso, um plano organizado por Chávez para atacar a pobreza foi objeto de muita corrupção, por ter sido colocado nas mãos dos militares com exclusão dos civis. Tudo isso, evidentemente, é feito em nome do povo soberano. Estando assim as coisas, os venezuelanos começaram a sentir que esse governo que iniciou cívico-militar, foi-se convertendo em um governo militar-cívico, segundo o parecer de Pablo Medina, líder do partido de esquerda, Pátria para Todos. E já sabemos, como escreveu alguém, que na “América latina, o problema não é pôr os militares na rua, mas voltar a metê-los nos quartéis”.
Se a isso somarmos as alianças abertas e triunfalistas com Fidel Castro, que tem enviado mais de 11 mil pessoas entre supostos médicos e professores, completamos o quadro do conflito. Não se pode governar um país seguindo um modelo nascido nos anos 60 e que, em nenhum lugar, mostrou uma realização satisfatória.
No ano de 2002, exatamente em abril, as tensões chegaram a seu nível máximo e as marchas, cada vez mais numerosas, alcançaram níveis de furor; a última culminou com uma convocação para ir até o Palácio de Miraflores, sede do governo, a fim de exigir a renúncia do presidente, mas acabou num banho de sangue de partidários de ambos os lados, sem que até hoje tenham sido aclaradas as responsabilidades por nenhuma das partes. A Comissão da Verdade nunca pôde ser instalada.
Depois disso e depois da declaração do comandante geral do exército de que o presidente tinha renunciado, foi constituído um governo efêmero, que se comportou de maneira pouco democrática e cujos erros deram motivo a uma facção do exército e a uma parte do povo para devolver Chávez ao poder. Este, uma vez de novo na presidência, acusou de golpista a oposição e se propôs a fechar ainda mais as comportas democráticas. As tensões continuaram e foi necessária a presença e a mediação da Oea (Organização dos Estados Americanos), que continua até hoje.

O QUE FICA DAQUELE SONHO ORIGINÁRIO?

Os anseios de mudança que nasceram no início se tornaram, aos poucos, uma espécie de pesadelo contraditório entre todos os atores, criando um enredo difícil de resolver entre um governo pouco disposto ao diálogo e aos acordos e uma oposição ainda pouco consciente do drama humano e social que se esconde atrás dos grupos que ainda apóiam o presidente e os que se opõem a ele.
Eleições poderiam, num dato momento, ajudar a baixar as tensões, embora momentaneamente; porém não desmontariam os mecanismos de mútua exclusão étnica, social e econômica presentes na sociedade venezuelana que, graças à embriaguez causada pela venda do petróleo, tem ainda dificuldade de reencontrar-se consigo mesma na sua raiz mais profunda, isto é, sua identidade latino-americana e caribenha.
Também a Igreja venezuelana foi atravessada pelo conflito: dentro dela mantêm-se setores com opiniões divergentes e até contraditórias. Segundo a leitura do pe. Ledesma, diretor de Avec (Associação Venezuelana de Educação Católica), “A Igreja perdeu uma ocasião preciosa de levantar sua voz profética acima das partes em conflito (em muitos casos é percebida como da oposição), apresentando verdadeiros espaços de diálogo que procurem de alguma maneira o entendimento. Apesar disso, mantém-se unida e oxalá que esta unidade lhe permita reencontrar sua vocação e missão pacificadora e promotora de justiça e de misericórdia”.

terça-feira, 29 de maio de 2007

[Português] GRAMÁTICA

CONCORDÂNCIA ENTRE O SUJEITO E O VERBO

Em relação à frase "70% do corpo docente do Estado ganha menos de R$ 500,00"

1. Quanto à concordância verbal, ela está:

a) certa
b) errada


2. Se o verbo "ganhar" estivesse no plural (ganham), a frase, quanto à concordância verbal, ficaria:

a)certa
b)errada


3. Se, antes do número percentual, fosse colocado o pronome demonstrativo "esses", o verbo "ganhar" não sofreria mudança alguma:

a) certo
b) errado


4. Se, antes do número percentual, fosse colocada a expressão "mais de", o verbo "ganhar" não sofreria mudança alguma:

a)certo
b)errado


5. Se, no lugar de "70", fosse colocado "1", o verbo "ganhar" não sofreria mudança alguma:

a) certo
b)errado


6. Se, no lugar de "corpo docente", fosse colocado "professores", o verbo "ganhar" não sofreria mudança alguma:

a) certo
b)errado

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FONTE: UNIVERSO ONLINE
Ozamir Lima

GABARITO: 1- A 2- A 3- B 4- B 5-A 6-B

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Herança cultural: Cézar Silva

O Brasil negro

O Brasil, não comeria o que come, não rezaria como reza, não dançaria e cantaria como hoje não fosse a riquíssima herança cultural trazida pelos negros africanos.

Podemos citar apenas uma pequena parte dessa contribuição:

Alimentação: azeite-de-dendê, pimenta malagueta, quiabo, feijoada, angu, vatapá, tutu de feijão, uso freqüente do jerimum e da melancia.

Palavras da língua portuguesa: batuque, bengala, cachaça, cachimbo, cafuné, muamba e, é claro, samba.

É pessoal, como escreveu no século XVII padre Antonio Vieira , “O Brasil tem o corpo na América, mas a alma na África”.

EQUIPE CNSC

DICAS PARA ARRASAR NO VESTIBULAR

Passar no vestibular exige mais do que concentração e horas de estudo. Ingressar numa boa faculdade requer um planejamento sério para otimizar o tempo dedicado aos livros. Elaborar um plano de estudos e não acumular dúvidas podem ser boas alternativas para ter sucesso no vestibular. Conheça algumas dicas que podem fazer a diferença no resultado dos exames.
Cursinho
Fazer cursinho só vale a pena se você está disposto a freqüentar as aulas assiduamente e executar as tarefas propostas pelos professores. O simples fato de se matricular no cursinho não aprova ninguém. Assistir apenas as aulas mais interessantes também é um erro comum de alguns vestibulandos. Uma vez matriculado, o estudante deve acompanhar a grade de horários da instituição, ouvir conselhos dos orientadores e aproveitar os simulados para avaliar seu desempenho.

Estudar em casa
Se você passa a tarde estudando em casa, disciplina deve ser sua palavra-chave. É importante ter um espaço tranqüilo, longe das tarefas domésticas, do celular e dos problemas familiares. Caso contrário, melhor procurar uma biblioteca ou a sala de estudos do seu colégio. O melhor é fixar uma agenda, com horários reservados para descanso e lanches.l

Dúvidas
Use o tempo de estudo em casa para fazer exercícios, treinar redação, ler a bibliografia indicada e anotar suas dúvidas. Aproveite para tirá-las no cursinho com os professores. Não deixe acumular matéria, especialmente as que você tem mais dificuldade. Aliás, priorize os assuntos que você considera mais complicados. Ao mesmo tempo, não descuide das matérias que você tem maior facilidade. Muita gente acaba perdendo pontos garantidos por menosprezar assuntos mais fáceis durante os estudos.

Ligado no Brasil e no mundo
Ler jornais e revistas também pode ajudar na redação e a estar por dentro do que acontece no Brasil e no mundo. Os vestibulares tem ficado mais modernos: estão exigindo menos fórmulas e informações específicas.

domingo, 27 de maio de 2007

Brasil colonial:Cézar Silva

Nem só de açúcar e ouro vivia o Brasil

No período colonial, embora com uma produção determinada pelo interesse externo, a colônia não se limitou aos “ciclos do pau-brasil, do açúcar e do ouro. Em diferentes regiões e épocas outros gêneros foram produzidos.
O algodão teve no Maranhão e o Grão-Pará como área de cultivo mais antiga. Com ele eram feitos tecidos, apesar da proibição metropolitana, e em alguns casos os seus novelos serviam como moedas. Ceará, Pernambuco, São Vicente e Goiás foram outras áreas onde seu plantio ocorreu.
O fumo, desenvolvido paralelamente à lavoura canavieira, servia como valor de troca para obtenção de escravos e era também exportado para a Europa.
O Cacau, de início coletado como droga do sertão, passou a ser produzido na época de Pombal, Licores chocolates e manteiga eram resultantes do seu aproveitamento. Os primeiros cacauais localizaram-se na Bahia.
Ligado à pecuária e extraído nas margens do rio São Francisco e no litoral, do Maranhão ao Rio de Janeiro, o sal começou a sofrer restrições na sua produção a partir de 1665. Ele fazia concorrência com a produção de Setúbal, Figueira e Alverca, regiões salineiras portuguesas.
Pesca da baleia desenvolveu-se nos séculos XVII e XVIII. Do cetáceo se extraía o óleo para a iluminação, o alimento, a massa para construções (misturada com a cal) e objetos de preparo artesanal. E início a atividade era de estanco, mas a diminuição dos animais em mares brasileiros – determinada pela ação de baleeiros ingleses e norte-americanos das Ilhas Malvinas – leva à abolição do monopólio real, em 1801.

História da Sociedade Brasileira

Comentário: Além das atividades econômicas citadas, podemos apontar a pecuária bovina, desenvolvida no sertão nordestino e no sul do Brasil, como atividade de suma importância para a o mercado interno, com enorme contribuição na integração de várias regiões e que utilizou muito pouco a mão-de-obra escrava.

Significado de alguns termos

Grão-pará: Divisão administrativa abrangendo o norte da colônia que se estendia do Ceará ao Pará.
Estanco: Monopólio real
Drogas do sertão: produtos extraídos da floresta, tais como: cravo do maranhão, canela, castanha-do-pará, cacau, urucu, guaraná, tabaco silvestre, resinas, sementes oleaginosas
.

[Vestibular 2008-UERN] Coordenador da comperve informa que vestibular 2008 não terá mudança

Transcrevo na íntegra matéria veiculada pelo jornal O mossoroense, que interessa diretamente aos pré-vestibulandos.


Leia:

Comperve aplica questionário em escolas públicas e privadas

A Comissão Permanente de Vestibular (Comperve), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), finalizou na última terça-feira a aplicação de questionários nas escolas públicas e privadas de Mossoró. Segundo o coordenador do órgão, professor Waldomiro Morais, o objetivo da pesquisa é avaliar todo o Processo Seletivo Vocacionado (PSV). "Queremos saber o que os futuros candidatos e alunos da Universidade acham do nosso vestibular", diz.
O questionário era composto de sete perguntas sobre quais as informações que os alunos tinham a respeito do PSV, se eles já possuíam alguma definição sobre algum curso, se os professores têm costume de trabalhar as provas do concurso em sala de aula e qual o tipo de processo que eles preferem.

A pesquisa foi realizada em 20 escolas da rede pública e 14 escolas da rede privada. "A previsão é aplicar o questionário para 2.500 pessoas. Vamos também levar essa pesquisa para as escolas onde tem os campi avançados da Uern em outras cidades", informa Waldomiro Morais.Além disso, a Comperve também irá aplicar um questionário para os estudantes dos primeiros períodos dos cursos da Uern. De acordo com Waldomiro Morais, a instituição pretende saber se os alunos têm encontrado alguma dificuldade no curso, o que eles acharam sobre o processo e se foi o melhor que eles já fizeram ou não.

Após a coleta de dados, a Comperve promoverá um seminário, em junho, para divulgar o resultado da pesquisa aos representantes das escolas de Mossoró e repensar, em cima dessa avaliação, as possíveis mudanças no concurso.

O coordenador também informa que a provável mudança do vestibular deste ano está descartada. "Estamos quase no meio do ano e os alunos já começaram a se preparar para o concurso 2008. O ideal seria propor a mudança no início do ano, o que não é mais possível".
Ozamir Lima

[UERN] PSV 2008


Processo Seletivo Vocacionado - PSV (Vestibular) - de natureza vocacionada por grupos de disciplinas afins aos cursos ofertados, objetivando a classificação de candidatos que hajam concluído o ensino médio ou equivalente, para o preenchimento de vagas iniciais nos cursos de graduação.Obs.: É necessário ter o software Adobe Acrobat Reader instalado no computador para ler o edital.

As obras literárias para o PSV 2008 são as seguintes:

1-O Ateneu (romance) - Raul Pompéia;

2-Crônicas 6 - Carlos Eduardo Novaes, José Carlos Oliveira, Lourenço Diaféria e Luis Fernando Veríssimo (Coleção para Gostar de Ler 7) – Editora Ática;

3-Viagem (poesia) - Cecília Meireles;

4-O Recado do Morro (novela) Guimarães Rosa (in No Urubuquaquá, no Pinhém, Nova Fronteira/RJ); e

5-Dez Cordéis num Cordel Só (poesia popular) Antônio Francisco (Literatura Potiguar) Edições Queima Bucha.

sábado, 26 de maio de 2007

PERSONAGENS MASCULINOS NA LITERATURA

1. "Liderei a expedição que levou os portugueses por mares nunca dantes navegados. Narrei a gloriosa história de meu país a reis na África e nas Índias. Enfrentei todos os desafios, venci e fui recompensado com prazeres intensos na Ilha dos Amores. Quem sou eu?"

a)Gigante Adamastor, de "Os Lusíadas";
b)Dom Sebastião, rei de Portugal;
c) O Velho da Horta, de "A Farsa do Velho da Horta";
d)Vasco da Gama, de "Os Lusíadas";
e)Galaaz, de "A Demanda do Santo Graal".

2. "Muitos atribuem a mim o início da formação de uma raça brasileira após minha união com Ceci. Mas a história que com ela vivi reproduz a relação de um guarda com sua senhora e não de dois amantes. Eu a defendi contra ameaças de outros índios , como eu , e de outros colonos , como ela. Sou:"

a) Peri, de "O Guarani";
b) Cacambo, de "O Uraguai";
c) Ubirajara, do romance do mesmo nome;
d) Loredano, de "O Guarani";
e) Irapuã, de "Iracema".

3. "Comecei do nada. Só tinha a companhia de Bertoleza. Fiquei rico construindo casinhas e cobrando aluguéis de gente como Rita Baiana. As casinhas se multiplicaram até formarem um grande cortiço. Só me faltava um título de nobreza. Já sabe quem sou?"

a) Jerônimo, de "O Cortiço";
b) Quincas Borba, do romance de mesmo nome;
c) Amaro, de "Bom Crioulo";
d) Raimundo, de "O Mulato";
e) João Romão, de "O Cortiço".

4. "Virgília me amava tanto que preferiu casar-se com Lobo Neves a unir-se a mim. Durante minha adolescência, Marcela amou-me durante 11 contos de réis. Mas elas não me afetam. Antes cair das nuvens que do segundo andar. Além disso, fui feliz por não ter tido filhos, sou fácil, não?"

a)Bentinho, de "Dom Casmurro";
b)Rubião, de "Quincas Borba";
c) Pedro, de "Esaú e Jacó";
d)Brás Cubas, das "Memórias Póstumas de Brás Cubas";
e) Simão Bacamarte, de "O Alienista".

5. Dediquei toda minha vida a uma traidora. Contrariei os desejos de minha mãe, Glória, que me queria padre. Fiz todas as vontades de Capitolina e a amei com toda a devoção. A resposta? O adultério, praticado justamente com meu melhor amigo. Ambos estão mortos. Que a terra lhes seja leve! Sou:"

a) Escobar, de "Dom Casmurro";
b) Ezequiel, de "Dom Casmurro";
c) Palha, de "Quincas Borba";
d) Bento, de "Dom Casmurro";
e) José Dias, de "Dom Casmurro".

6. "Sou um homem orgulhoso. Vivo no melhor país do mudo. Tacham-me de louco por defender a substituição do português pelo tupi. Ora, não seria esta a língua genuinamente nacional? No meu Brasil, em se plantando tudo dá -desde que haja defesa contra a praga das saúvas. Por mais que tentem me dissuadir, por meu país, faço tudo, vou até a guerra e, se necessário, ao cárcere. Meu nome é:"

a) Policarpo Quaresma, do "Triste Fim de Policarpo Quaresma";
b) Hermógenes, de "Grande Sertão: Veredas";
c) Augusto Matraga, de "A Hora e a Vez de Augusto Matraga";
d) Tructesindo Mendes Ramires, de "A Ilustre Casa de Ramires";
e) Cassi Jones, de "Clara dos Anjos".

7. Todo mundo é campeão em tudo. Nunca conheci ninguém que tivesse levado porrada na vida. Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. É impressionante como a evolução científica não foi acompanhada de evolução nos relacionamentos humanos. Talvez por isso, sou um homem só."

a) Meu nome é Fernando Pessoa (eu mesmo);
b) Ricardo Reis;
c) Bernardo Soares;
d) Alberto Caeiro;
e) Álvaro de Campos.

8. "Eu deveria dar uma pista pra você me descobrir. Mas ai! Que preguiça! Não quero participar desse quiz. Meu negócio é brincar!"

a) Sou Fabiano, de "Vidas Secas";
b)Sou Macunaíma, do livro de mesmo nome;
c) Sou Brás Cubas, de "Memórias Póstumas de Brás Cubas";
d)Sou Leonardo, de "Memórias de um Sargento de Milícias";
e)Sou Severino, de "Morte e Vida Severina".

9. "Compadre, o senhor não acredita na existência do Diabo. Não? Lhe agradeço. Ninguém nunca viu o dito cujo. Tem Diabo nenhum não. Explico ao senhor, o diabo vive dentro do homem. Não dá pra crer que tenha o coisa ruim. Mas é verdade também que não dá pra crer nem nos homens. Ou nas mulheres. Ou não sei mais. O senhor já sabe quem sou eu?"

a)Diadorim, de "Grande Sertão: Veredas";
b)Hermógenes, de Grande Serão: Veredas;
c)Riobaldo, de "Grande Sertão Veredas;
d)Joca Ramiro, de "Grande Sertão Veredas;
e) Miguilim, de "Manuelzão e Miguilim".

10. "Sou um advogado acostumado com a hermenêutica, que é a descoberta da lógica das leis e das palavras. A vida me mostrou que a sociedade só obedece a duas leis. A primeira é percor: perfurar e cortar. A segunda é a do tráfico de drogas que, como verifiquei, permeia toda a sociedade, da elite social e política a prostitutas do Rio. Vaguei num mundo de sexo, drogas e violência , numa história que se passa num verdadeiro inferno. Um inferno chamado Brasil."

a)Sou Máicou, de "O Matador";
b)Sou Gustavo Flávio, de "Bufo & Spallanzani";
c)Sou o comissário Matos, de "Agosto";
d)Sou Mandrake, de "A Grande Arte";
e)Sou Isaac Babel, de "Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos".

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GABARITO: 1.D 2-A 3-E 4-D 5-D 6-A 7-E 8-B 9-C 10-C

[Gramática] SIMULADO DE PORTUGUÊS

1- Assinale a alternativa em que a palavra formada com elementos gregos significa “ perturbação do sentido do tato” .
a) disafia
b) disfasia
c) disgensia
d) disosmia
e) disorexia

2- Assinale a alternativa em que a palavra composta com radicais latinos significa “ cultura de arroz ”:
a) sericultura
b) orizicultura
c) triticultura
d) cotonicultura
e) cunicultura

3- (UFPR) A formação do vocábulo em negrito na expressão “o canto das sereias” é:
a) composição por justaposição
b) derivação regressiva
c) derivação prefixal
d) derivação sufixal
e) palavra primitiva

4- Os vocabulários passarinho e querida possuem:
a) 6 e 8 fonemas respectivamente;
b) 10 e 7 fonemas respectivamente;
c) 9 e 6 fonemas respectivamente;
d) 8 e 6 fonemas respectivamente;
e) 7 e 6 fonemas respectivamente.

5- Quantos fonemas existem na palavra paralelepípedo :
a) 7
b) 12
c) 11
d) 14
e) 15

6- Qual a palavra que teríamos, se trocássemos a consoante grifada de pata pela sua homorgânica, teremos:
a) bata
b) lata
c) mata
d) cata
e) nata

7- Trocando-se a consoante linguodental da palavra nata pela sua homorgânica, teremos:
a) lata
b) tata
c) nada
d) pata
e) data

8- Assinale a alternativa em que a palavra contenha ditongo oral crescente:
a) eqüestre
b) guerreiro
c) quando
d) poucos
e) ninguém

9- Os vocábulos pequenino e drama apresentam, respectivamente:
a) 4 e 2 fonemas
b) 9 e 5 fonemas
c) 8 e 5 fonemas
d) 7 e 7 fonemas
e) 8 e 4 fonemas

10- (OSEC) Em que conjunto de signos só há consoantes sonoras?
a) rosa,deve,navegador;
b) barcos, grande, colado;
c) luta, após,triste;
d) ringue, tão, pinga;
e) que, ser, tão.

UOL

Ozamir Lima

GABARITO: 1-A 2-B 3-B 4-D 5-D 6-A 7-C 8-A 9-C 10-A

VESTIBULAR

O que evitar na redação


1) Emprego de pronome relativo

"Esta é a região a cujos os limites me referi há pouco"
Correção: Esta é a região a cujos limites me referi há pouco.
Comentário: cujo - pronome relativo: indica posse, equivale ao pronome possessivo seu, sua e concorda com o termo que sucede, dispensando, assim, o emprego do artigo (o, a, um, uma e seus plurais).


Você vai conseguir falar com gente que você nunca falou antes..." Bol - Brasil Online (Folha de S.Paulo, 25.10.99)
Correção: " (...) falar com gente com quem/ com as quais você nunca (...)".
Comentário: o pronome relativo deve aparecer regido de preposição com, pois quem fala, fala com alguém.


Os bancos internacionais, onde o Brasil é credor, decidiram rever as taxas de juros.
Correção: Os bancos internacionais, dos quais o Brasil é credor, ...
Comentário: o pronome onde, enquanto relativo deve sempre indicar lugar, exemplo, Eis o colégio onde estudo. O raciocínio que deve ser empregado neste exemplo é: o Brasil é credor de quem? - dos bancos internacionais; portanto, dos quais é credor.

2) Período longo demais


A menos que tenha muita segurança no que está dizendo, o aluno deve evitar períodos longos demais. Muitas informações em um só período quase sempre resulta em falta de clareza e ambigüidade.


"É segundo esta noção de projeto que vamos, a partir desta visão humanista da problemática urbana - sem deixar de levar em consideração as nossas condições de país de formação colonial - analisar os projetos de cidade expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais."
Correção: Vamos analisar os projetos expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais a partir de uma visão humanista da problemática urbana.

3) Frases muito curtas - estrutura incompleta

"Agora, época de eleição, a população cansada de enriquecer políticos, sem escolha de partido." (Redação de aluno)
Comentário: o trecho acima não foi concluído pelo aluno, dessa forma, a estrutura do período tornou-se incompleta.
Correção: Agora, época de eleição, a população cansada de enriquecer políticos, sem escolha de partido, fica à mercê de discursos moralistas que visam formar a opinião pública segundo os seus interesses.

4) Problemas de significado e construção

"Era um belo sábado, uma noite muito agradável onde um lobo ruiva no alto da colina dos Andes, demonstrando estar solidário ou anunciando sua solidão...." (Redação de aluno)
Comentário: O trecho acima, extraído de uma redação de vestibular, apresenta alguns problemas de significado e de construção:
a) uso inadequado da palavra onde;
b) imprecisão vocabular ruiva em lugar de uiva e solidário em lugar de solitário;
c) incoerência externa: presença de colinas nos Andes.

5) Ambigüidade

A função da ambigüidade é sugerir significados diversos para uma mesma mensagem. É uma figura de palavra e de construção. Embora funcione como recurso estilístico, a ambigüidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre da má colocação da palavra na frase. Nesse caso, deve ser evitada, pois compromete o significado da oração.


Exemplo: " (...) os corpos do casal B serão exumados pela segunda vez nesta semana." (Folha de S.Paulo)
Comentário: os corpos serão exumados pela segunda vez desde que foi iniciado o inquérito ou os corpos serão exumados duas vezes numa mesma semana, "nesta semana"? (Unicamp)


Exemplo: "O presidente americano (...) produziu um espetáculo cinematográfico em novembro passado na Arábia Saudita, onde comeu um peru fantasiado de marine no mesmo bandejão em que era servido aos soldados americanos." (Veja, 09/01/91)
Comentário: Às vezes, quando um trecho é ambíguo, é o conhecimento que o leitor tem dos fatos que lhe permite fazer uma interpretação adequada do que lê. Um bom exemplo é o trecho acima, no qual há duas ambigüidades, uma decorrente da ordem das palavras e a outra, de uma elipse do sujeito.


Exemplo: "... onde comeu peru fantasiado de marine ..."
"... no mesmo bandejão em que era servido ..."
Comentário: Pode-se entender que o peru estivesse fantasiado de marine (fuzileiro naval), e não o presidente. Por outro lado, é possível entender que o presidente estivesse sendo servido aos soldados no bandejão, e não o peru.
Correção: O presidente americano, fantasiado de marine, produziu um espetáculo cinematográfico em novembro passado na Arábia Saudita, quando comeu peru no mesmo bandejão de que se serviam os soldados americanos.

Comentário:
O leitor deve levar em conta o fato de que o peru não estaria fantasiado de marine, nem o presidente poderia ser servido aos soldados americanos em um bandejão.


Exemplo: "O ministro Adib Jatene pediu no Senado a volta do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira e disse que " o Congresso não deve se vincular aos interesses da equipe econômica do Governo". Jatene quer utilizar em sua área os recursos do IPMF, que vigorou em 94 e descontava 0,25% de qualquer movimento bancário. A equipe econômica é contra."
Comentário: A leitura do título independente da notícia revela nele uma ambigüidade, pois pode-se interpretar "pede que a equipe econômica resista". A ambigüidade instaurada pelo título da matéria não explica se o pedido do ministro tem como destinatário o Senado ou a equipe econômica do governo. O texto, todavia, esclarece que o congresso deve resistir à oposição da equipe econômica, contrária à volta do IPMF.


Exemplo: "Calheiros participou da reunião ministerial com FHC no Palácio do Planalto, na qual ele voltou a pedir unidade no governo.
Comentário: A frase acima é ambígua porque não deixa claro quem voltou a pedir unidade no governo - Calheiros ou FHC?


Exemplo: "A principal notícia foi o bate-boca entre os presidentes do Senado e da Câmara que chocou a todos."
Comentário: A ambigüidade na frase acima pode ser desfeita com a seguinte reescritura: a principal notícia, que chocou a todos, foi o bate-boca entre os presidentes do Senado e da Câmara.

REDAÇÃO NOS VESTIBULARES

Já faz pelo menos uma década que um bom desempenho em redação virou sinônimo de chances maiores de ser aprovado nos vestibulares mais concorridos do país e, por isso, a valorização da habilidade da escrita é o recado mais claro do perfil do aluno desejado pelas universidades.


Para Maria Bernadete Abaurre, coordenadora-executiva do vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a seleção dos candidatos tem também uma função social e política. "Há um diálogo entre provas e alunos. Não queremos o aluno que aceite tudo o que está escrito. Nos recusamos a crer que o jovem não tenha o que dizer", explica a coordenadora, que cita ainda como resultado dessa valorização da redação a queda significativa no número de provas anuladas.


"A escrita é um instrumento legítimo de cidadania. Quem não tem discurso próprio não tem autonomia", afirma Cida Custódio, professora do curso Objetivo.


Para o coordenador do vestibular da Vunesp (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista), Fernando Prado, a dissertação, tipo de texto exigido na maior parte das provas, é a forma principal de comunicação escrita, tanto na universidade como na vida profissional.


A escolha da dissertação pelos vestibulares é estratégica. É o tipo de texto em que a capacidade argumentativa e de reflexão revela o potencial do candidato. Os editoriais dos jornais são boas fontes de inspiração, pois são textos dissertativos, opinativos e que tratam de temas atuais.