terça-feira, 11 de setembro de 2007

HISTÓRIA DO BRASIL: CÉZAR SILVA

O barão e visconde de mauá: o empresário do Império.



Irineu Evangelista de Souza, barão e visconde de Mauá, nascido em Arroio Grande-RS, em dezembro de 1813, mudou-se para o Rio em 1823. Aos onze anos, era contínuo. Aos quinze, o homem de confiança do patrão. Aos 23, sócio de um escocês excêntrico. Aos trinta, um dos comerciantes mais ricos do Brasil. Era pouco: aos 32, Irineu decidiu virar industrial - O primeiro do Brasil. Tentou introduzir a nação no mundo do capitalismo moderno, promover a indústria pesada, estabelecer de vez o trbalho assalariado, a economia de mercado e o liberalismo. Foi incompreendido, desprezado, perseguido, humilhado, ofendido - e faliu. Mauá fez quase tudo certo: apenas esqueceu que vivia num país ruralista, escravocrata e latifundiário, cuja economia era controlada pelo Estado. Ainda assim a obra de Mauá foi grandiosa e - apesar dos lucros trazidos pelo café - é quase que exclusivamente graças a ele que se pode falar em boom econômico do Segundo Reinado.
O orçamento das empresas Mauá era maior que o próprio orçamento do Império. Mauá criou a primeira multinacional brasileira; foi o pioneiro na globalização da economia, foi o primeiro (e até hoje um dos únicos) empresário brasileiro respeitado e admirado no exterior. Virou verbete da Enciclopédia Britânica e personagem citado por Júlio Verne (em a volta ao mundo em 80 dias). Tinha apoio e respeito do Barão Rothshild e dos irmãos Barings - os maiores banquerios do seu tempo.
O imperador D. Pedro II e o Barão jamais tiveram uma discussão pública, mas, embora fossem vizinhos, sua incompatibilidade de gênios é notória. O desprezo pela idéias e propostas de Mauá - e o torpedeamento contínuo de seus projetos feito pelos políticos fiéis ao imperador - se configura como um dos mais desastrados e lamentáveis episódios da pobre história econômica do Brasil.

A crise de 1875 e a má vontade do governo o levaram a falência, em 1878. Mas Mauá pagou tudo o que devia. Ao morrer, em outubro de 1889, perdera seu império industrial. Mas não devia nada a ninguém.

Anguns empreendimentos de Mauá:

  • Bancos Mauá;
  • Mac-Gregor & Cia;
  • Casa Mauá & Cia;
  • Companhia de Bondes do Jardim Botânico(RJ);
  • Companhia de Gás do Rio de Janeiro;
  • Companhia de Navegação a Vapor do Rio Amazonas;
  • Estradas de Ferro Mauá;
  • Companhia de rebocadores a vapor do Rio Grande do Sul;
  • Fundição e estaleiro da Ponta da Areia, em Niterói.

Filme sobre a vida desse grande brasileiro: "O imperador e o rei" (cinema nacional)







domingo, 9 de setembro de 2007

DICAS DE PORTUGUÊS (III)

As provas serão aplicadas nas salas de 30 à 39

O acento indicativo de crase deve ser usado entre numerais ou não?

Veja a explicação:

Entre numerais ocorre o acento indicativo de crase se, anteriormente ao primeiro numeral, houver o artigo a(s), que poderá estar contraído com alguma preposição: de + a(s) = da(s); em + a(s) = na(s).

Caso não haja o artigo a(s) anteriormente ao primeiro numeral, não ocorrerá o acento indicativo de crase entre os numerais. Veja alguns exemplos:

Esperaremos o professor das 8h às 10h. Há a crase entre 8h e 10h, por ter o artigo as contraído com a preposição de (das) antes de 8h.

Precisaremos de oito a dez horas para realizar essa tarefa. Não há crase entre oito e dez, por não ter o artigo antes de oito.

As provas serão aplicadas da sala 30 à 39. Há a crase entre 30 e 39, por ter o artigo a contraído com a preposição de (da) antes de 30, mesmo que haja o substantivo sala entre os dois.

De 100 a 200 pessoas morreram no acidente. Não há crase entre 100 e 200, por não ter o artigo antes de 100.A frase apresentada, então, deve ser escrita sem o acento indicador de crase por não ter o artigo antes de 30:

PORTANTO O CORRETO É:
As provas serão aplicadas nas salas de 30 a 39