sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

[Segunda Guerra Mundial] RESUMÃO - História Geral - Prof.: Elmo



Introdução :

Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.

Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.

Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).

Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.

O Início

O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados ( liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos ) e Eixo ( Alemanha, Itália e Japão ).

Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:

*O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.

* Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.

* De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.

* O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália ( região de Monte Cassino ) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.

Final e Conseqüências

Este importante e triste conflito terminaram somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.

Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.

Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

www.suapesquisa.com

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

[Entre-guerras] A Ascensão do Fascismo e do Nazismo - História Geral - Prof.: Elmo


O período do Entre-guerras (1919-1939) foi a época do descrédito e da crise da sociedade liberal. Essa sociedade, agora desacreditada, havia sido forjada no século XIX, com a afirmação do capitalismo como sistema econômico "perfeito". Na segunda metade deste século, o mundo absorvia os progressos da segunda fase da Revolução Industrial cujo auge se situa entre 1870 e 1914. O imperialismo e colonialismo europeu deram aos principais países desse continente a hegemonia do mundo e, por isso, uma ótica de encarar o futuro de forma entusiástica e otimista.

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), pólos de poder acabaram (Alemanha, Inglaterra, França, Rússia, etc.). Na América, os Estados Unidos, com sua economia intacta, se tornaram os "banqueiros do mundo". Na Ásia, após a Revolução Meiji (1868), o Japão se industrializara, se tornou imperialista e aproveitou o conflito mundial para estender seu poderio na região.

Na descrença dessa sociedade pós-guerra, os valores liberais (liberdade individual), política, religiosa, econômica, etc. começaram a ser colocados sob suspeita por causa da impotência dos governos para fazer frente às crise econômica capitalistas que empobrecia cada vez mais exatamente o setor social que mais defendia os valores liberais: a classe média.

Concomitantemente, as várias crises provocaram o recrudescimento dos conflitos sociais e, o mundo assiste imediatamente após a guerra, uma série de movimentos de esquerda e um fortalecimento dos sindicatos. O movimento operário já havia se cindido entre socialistas ou social-democratas (marxistas que haviam abandonado a tema de luta armada e aderiram à prática político-partidária do liberalismo) e comunistas (formados por frações que se destacaram do movimento operário seguindo os métodos bolchevistas vitoriosos na Rússia (1917). Esse dois grupos eram antagônicos.

Toda a euforia e otimismo foram substituídos por um pessimismo que beirava o descontrole após a guerra. Esse pessimismo era sentido entre os intelectuais de classe média, e se manifestou principalmente no antiparlamentarismo, no irracionalismo, no nacionalismo agressivo e na proposta de soluções violentas e ditatoriais para solucionar os problemas oriundos da crise.

Os países mais afetados pela política social-democrata foram a Alemanha (derrotada), a Itália (mesmo vitoriosa, insatisfeita com os resultados da guerra) onde, a crise se manifestou de forma mais violenta. Nesses países o liberalismo não conseguira se enraizar. Ambos possuíam problemas nacionais latentes, por isso, a formação de grupos de extrema-direita, compostos por ex-militares, profissionais liberais, estudantes, desempregados, ex-combatentes, etc., elementos que pertenciam a uma classe média que se desqualificava socialmente e eram mais sensíveis aos temas antiliberais, nacionalistas, racistas, etc.

Na Itália, Mussolini e na Alemanha, Hitler formavam organizações paramilitares que utilizavam a violência para dissolver comícios e manifestações operárias e socialistas, com a conivência das autoridades, que viam no apoio discreto ao fascismo um meio de esmagar o "perigo vermelho", representado por organizações de extrema-esquerda, mesmo as moderadas como os socialistas.

De início, esses grupos que eram mais ou menos marginalizados se valiam de tentativas golpistas para a tomada do poder como foi o caso do "putsh" de Munique, dado pelo Partido Nazista na Alemanha.

À medida que a crise se aprofundava e o Estado não a debelava assim como se mostrava incapaz de sufocar as agitações operárias, essas organizações fascistas e nazistas viam aumentar seus quadros de filiação partidária. Os detentores do capital passaram a financiar essas organizações de direita, vendo na ascensão delas um meio de esmagar as reivindicações da esquerda e a possibilidade de se posta em prática uma política imperialista no sentido de abertura de novos mercados. Por essa atitude dos capitalistas entende-se porque tanto Mussolini quanto Hitler chegaram ao poder por vias legais.

[Autor: Desconhecido - www.grupoescolar.com]



O período do Entre-guerras (1919-1939) foi a época do descrédito e da crise da sociedade liberal. Essa sociedade, agora desacreditada, havia sido forjada no século XIX, com a afirmação do capitalismo como sistema econômico "perfeito". Na segunda metade deste século, o mundo absorvia os progressos da segunda fase da Revolução Industrial cujo auge se situa entre 1870 e 1914. O imperialismo e colonialismo europeu deram aos principais países desse continente a hegemonia do mundo e, por isso, uma ótica de encarar o futuro de forma entusiástica e otimista.

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), pólos de poder acabaram (Alemanha, Inglaterra, França, Rússia, etc.). Na América, os Estados Unidos, com sua economia intacta, se tornaram os "banqueiros do mundo". Na Ásia, após a Revolução Meiji (1868), o Japão se industrializara, se tornou imperialista e aproveitou o conflito mundial para estender seu poderio na região.

Na descrença dessa sociedade pós-guerra, os valores liberais (liberdade individual), política, religiosa, econômica, etc. começaram a ser colocados sob suspeita por causa da impotência dos governos para fazer frente às crise econômica capitalistas que empobrecia cada vez mais exatamente o setor social que mais defendia os valores liberais: a classe média.

Concomitantemente, as várias crises provocaram o recrudescimento dos conflitos sociais e, o mundo assiste imediatamente após a guerra, uma série de movimentos de esquerda e um fortalecimento dos sindicatos. O movimento operário já havia se cindido entre socialistas ou social-democratas (marxistas que haviam abandonado a tema de luta armada e aderiram à prática político-partidária do liberalismo) e comunistas (formados por frações que se destacaram do movimento operário seguindo os métodos bolchevistas vitoriosos na Rússia (1917). Esse dois grupos eram antagônicos.

Toda a euforia e otimismo foram substituídos por um pessimismo que beirava o descontrole após a guerra. Esse pessimismo era sentido entre os intelectuais de classe média, e se manifestou principalmente no antiparlamentarismo, no irracionalismo, no nacionalismo agressivo e na proposta de soluções violentas e ditatoriais para solucionar os problemas oriundos da crise.

Os países mais afetados pela política social-democrata foram a Alemanha (derrotada), a Itália (mesmo vitoriosa, insatisfeita com os resultados da guerra) onde, a crise se manifestou de forma mais violenta. Nesses países o liberalismo não conseguira se enraizar. Ambos possuíam problemas nacionais latentes, por isso, a formação de grupos de extrema-direita, compostos por ex-militares, profissionais liberais, estudantes, desempregados, ex-combatentes, etc., elementos que pertenciam a uma classe média que se desqualificava socialmente e eram mais sensíveis aos temas antiliberais, nacionalistas, racistas, etc.

Na Itália, Mussolini e na Alemanha, Hitler formavam organizações paramilitares que utilizavam a violência para dissolver comícios e manifestações operárias e socialistas, com a conivência das autoridades, que viam no apoio discreto ao fascismo um meio de esmagar o "perigo vermelho", representado por organizações de extrema-esquerda, mesmo as moderadas como os socialistas.

De início, esses grupos que eram mais ou menos marginalizados se valiam de tentativas golpistas para a tomada do poder como foi o caso do "putsh" de Munique, dado pelo Partido Nazista na Alemanha.

À medida que a crise se aprofundava e o Estado não a debelava assim como se mostrava incapaz de sufocar as agitações operárias, essas organizações fascistas e nazistas viam aumentar seus quadros de filiação partidária. Os detentores do capital passaram a financiar essas organizações de direita, vendo na ascensão delas um meio de esmagar as reivindicações da esquerda e a possibilidade de se posta em prática uma política imperialista no sentido de abertura de novos mercados. Por essa atitude dos capitalistas entende-se porque tanto Mussolini quanto Hitler chegaram ao poder por vias legais.

[Autor: Desconhecido-www.grupoescolar.com]

sábado, 6 de dezembro de 2008

[Generalizações marcam a história da humanidade] Professor - Elmo - História Geral


Claudio B. Recco*
Especial para a Folha de S. Paulo

São todos índios, são todos negros, são todos árabes, são todos muçulmanos. Se eles não se entendem, por que cabe a nós entendê-los? Essa questão simplória sempre serviu de pretexto para a intervenção dos "civilizados europeus" em outras sociedades, aquelas consideradas atrasadas. Nos dois últimos séculos, também é utilizada pelos EUA.
Generalizar é a forma encontrada por muitos para preservar a ignorância sobre outros povos e culturas e, conseqüentemente, o preconceito. A função da história é oposta a isso: sua intenção é conhecer a origem das sociedades, sua cultura, seu desenvolvimento e suas contradições.
Mas a "história" tem inimigos poderosos, aqueles que querem e precisam manter a ignorância como forma de facilitar a dominação, inimigos tão poderosos que praticamente impedem que o ensino supere esse preconceito.
A história que aprendemos é marcada por uma série de generalizações. Uma delas diz que "a Mesopotâmia sempre foi uma região instável".
Berço das mais antigas civilizações, região fértil situada entre os grandes rios Eufrates e Tigre, naturalmente foi um território disputado por vários povos.
Nessa região, sucederam-se diversas guerras e diversos impérios, como o caldeu, o babilônico e o assírio, e disso decorre outra generalização bastante comum em nossa cultura: "A guerra é natural, inerente ao homem". Mas, para fazer essa generalização, é preciso esquecer-se de olhar para os vários séculos de estabilidade no Egito ou em Creta.
E isso se nos detivermos apenas no primeiro momento do aprendizado de nossa história, a Antigüidade oriental.
Em outros momentos da história, ocorreram guerras e conquistas, mas houve paz e prosperidade também. Tanto os momentos de guerra como os de paz podem ser explicados e, para tanto, é preciso estar disposto a refletir sobre suas origens e sobre os interesses que existem entre os membros, grupos e classes sociais que formam a sociedade estudada, com todas as suas contradições.
Enfim, é necessário "entender o porquê das coisas", e essa compreensão pressupõe superar os preconceitos e estar aberto às novas descobertas, desprezando as generalizações.
Dica: Compare os interesses que existiam na Antigüidade com os que existem hoje no Oriente Médio e tente entender de que maneira eles são determinados por interesses socioeconômicos.

Claudio B. Recco é autor do livro "História em Manchete - na Virada do Século"

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

[ENTRE GUERRAS] New Deal dá vida nova aos EUA - História Geral- Prof.: Elmo

Franklin D. Roosevelt, O Presidente da época

Em 1932, a música da moda nos Estados Unidos era: "Brother, Can You Spare a Dime? ("Irmão, Você Pode me Emprestar um Trocado?"). Esse era o espírito de um país com 14 milhões de desempregados. E, pior, tinha-se a nítida impressão de que a crise não iria ter fim, de que não existia um ponto de virada: era a Grande Depressão.
Famílias aninhavam-se, em busca de calor, junto aos incineradores dos edifícios municipais, enquanto outras procuravam restos de comida nos caminhões de lixo. Boa parte da população norte-americana responsabilizava o presidente Hoover e os republicanos pela crise.
A política liberal do governo, de não interferir no mercado, teria sido a responsável pela quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e pela depressão.
Assim, em 1932, o democrata Franklin Delano Roosevelt venceu facilmente as eleições presidenciais norte-americanas.
Durante a campanha eleitoral, Roosevelt havia se comprometido a estabelecer um "Novo Ajuste" (New Deal) para o povo americano. Em seu discurso de posse, declarou: "A única coisa a temer é o próprio medo".
E, audaciosamente, contrariando as teorias ultraliberais que defendiam uma mínima intervenção estatal na economia, procurou empenhar o Estado na ajuda aos "de baixo". Para resolver o problema do desemprego e reaquecer a economia, deu início a um enorme programa de obras públicas.
O New Deal estabeleceu um amplo programa de apoio aos desempregados. Construíram-se ou restauraram-se 400 mil quilômetros de estradas, colocaram-se em funcionamento 40 mil escolas, com a contratação de 50 mil professores, instalaram-se mais de 3,5 milhões de metros de tubulações de água e esgoto, além de praças e quadras esportivas em todo o país.
Na habitação popular, uma agência estatal avalizava financiamentos imobiliários, viabilizando um grande programa que impulsionou a construção civil.
A idéia era: o Estado gera empregos, as pessoas voltam lentamente a consumir, as fábricas e as fazendas aumentam a produção, contratam mais mão-de-obra, mais pessoas são reintegradas ao sistema e o capitalismo voltaria a florescer.
O consumo aumentou em 50% depois de três anos de investimentos governamentais. No entanto ainda havia 9 milhões de desempregados no país ao final da década de 30.
O problema do desemprego e do crescimento econômico só foi resolvido a contento durante a Segunda Guerra Mundial.

*Renan Garcia Miranda é autor de "Oficina de História", Editora Moderna, e professor de história do curso Anglo Vestibulares