quarta-feira, 28 de maio de 2008

HISTÓRIA DO BRASIL: CÉZAR SILVA

1808, 1822 e os negros

A forma que assumiu a independência política no Brasil constituiu no primeiro grande pacto de elite, que se reproduziu, sob distintas formas, ao longo de toda a nossa história. Enquanto a Espanha resistia à invasão napoleônica e, derrotada, favoreceu a cadeia de revoluções de independência de suas colônias na América Latina, a coroa portuguesa veio para o Brasil sem resistência, estreitando a dominação colonial, ao contrário da sua ruptura nos países de colonização espanhola. (Cuba e Porto Rico foram os únicos que não conseguiram obter sua independência naquela momento e, ao não fazê-lo, terminaram tendo os destinos mais radicais e contrapostos no continente: Cuba se tornou socialista, enquanto Porto Rico é um “estado livre associado” aos EUA.)O Brasil tornou-se independente, mas a vinda da família real deu uma forma particular a essa transição: não passamos de colônia a república, mas de colônia a monarquia. E, pior ainda: não se terminou a escravidão, ao contrario do que ocorreu nos países que, sob a liderança de Bolivar, de San Martin, de O´Higins, de Sucre, de Artigas, entre outros realizaram verdadeiras revoluções de independência, terminaram com a colônia mediante a derrota final dos exércitos espanhóis na batalha de Ayacucho, expulsando aos colonizadores, fundando os Estados nacionais nos distintos, com um sistema republicano e terminaram com a escravidão.Enquanto isso, no Brasil, como sempre acontece com os pactos de elite, são os mais pobres os que pagam o preço da conciliação, do “jeitinho”, dos pactos de elites. O Brasil tornou-se o país que mais tarde aboliu a escravidão, inclusive depois de Cuba. Nesse entretempo, promulgou-se a Lei de Terras, pela qual os velhos proprietários de terras, mediante os mecanismos da “grilagem” – o cocô do grilo faz com que um documento recém escrito apareça como se fosse velho, legalizando terras recém apropriadas como se tivessem sido herdadas a tempos -, legalizaram a apropriaram das terras no Brasil. Quando os escravos finalmente se tornaram “livres”, o eram no sentido que Marx também atribuiu aos servos da gleba: eram “livres” e “nus”, desprovidos de terras às quais acoplar sua força de trabalho.Os negros, primeira geração do proletariado brasileiro, primeira geração de trabalhadores no Brasil, que criaram durante séculos as riquezas apropriadas pela nobreza européia e as elites brancas brasileiras, eram reciclados automaticamente para serem pobres e miseráveis, despossuídos das riquezas que tinham criado. Nesse momento o liberalismo já revelava todos os seus limites, quando conviveu com a escravidão, sem protagonizar a luta pelo seu fim. Esse primeiro pacto de elite permitiu que as elites dominantes dificultassem o surgimento de uma revolução de independência que terminasse, ao mesmo tempo, com a colônia e a escravidão. Quando o monarca português colocou a coroa na cabeça do seu filho e disse: “Meu filho, ponha a coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro o faça”, se referia aos brasileiros que poderiam liderar essa revolução, como Tiradentes e para que não surgisse aqui outro Bolivar, Sucre, Artigas, San Martin. O capitalismo, que tinha chegado às Américas jorrando sangue, com os dois maiores massacres da história da humanidade – a destruição dos povos indígenas e a escravidão – fazia, no Brasil, pela modalidade de saída do colonialismo, que a questão colonial e a questão negra se desdobrassem na questão da terra, do latifúndio, condicionando fortemente o Brasil a ser o país de pior distribuição de renda do continente de maior desigualdade no mundo.Quando se discutem políticas de reparação histórica, de discriminação positiva, de cotas, é preciso remontar a todo esse cenário histórico, para saber por que os negros sendo, em sua grande maioria, explorados, discriminados, excluídos, humilhados. É indispensável fazer toda essa trajetória, para nos darmos conta plenamente de por que os negros se tornaram automaticamente pobres, relegados, marginalizados na sociedade brasileira – situação que a política de cotas pretende minimizar.
Emir Sader

sábado, 24 de maio de 2008

[Curiosidades] Grécia Antiga - História Geral - Prof.: Elmo

CURIOSIDADES

Um terço da população grega morava em Atenas.

Brincar de ioiô, gangorra e saltar carniça eram comuns entre as crianças da Grécia Antiga.

Para os gregos Terça-feira é dia de azar.

A Grécia Antiga era formada por Estados separados, cada um centrado em torno de uma cidade.

As duas maiores cidades foram Atenas e Esparta.

Em todas as cidades-estado haviam casas, prédios do governo , templos e uma praça chamada de ágora , onde as pessoas se encontravam e faziam compras .

No campo os agricultores plantavam cevada para fazer pão e mingau, azeitonas para fazer azeite e uvas para fazer vinho. Também criavam cabras, ovelhas e abelhas.

Os pobres moravam em casas simples. Os ricos tinham casas enormes, com os aposentos em volta de um pátio. Havia cozinha, banheiro com encanamento e quartos separados para os homens, as mulheres e os escravos.

Os rapazes ricos de Atenas iam para a escola pela manhã e á tarde faziam ginástica. As moças ficavam em casa aprendendo a fiar e a tecer.

As oliveiras eram consideradas sagradas pelos gregos antigos, quem cortasse uma delas poderia ser condenado a morte.

Os gregos cozinhavam com o azeite, usavam-no nas lamparinas e até tomavam banho nele. A moeda da Grécia Antiga era o Talento.



Cristina G. M. Oliveira

[Povos Antigos] Língua Grega - História Geral - Porf.: Elmo

GREGO — língua oficial da Grécia e de Chipre
A palavra alfabeto compõe-se de alpha + beta ? – as duas primeiras letras do alfabeto grego, correspondentes ao nosso a e b.
O alfabeto utilizado para escrever a língua grega baseia-se no alfabeto fenício – desenvolvido muitos séculos antes de Cristo – tanto que os antigos gregos chamavam as letras de "letras dos fenícios".
O fenício é uma língua semítica antiga que foi falada nas cidades de Tiro e Biblos, na Fenícia (Ásia antiga), atual Líbano.
O semítico (pertencente ou relativo aos semitas – judeus e árabes - há quem defenda) é um grupo de línguas da família camito-semítica, que compreende dois subgrupos: o oriental, representado pelo assírio, e o ocidental, com um tronco setentrional, ao qual pertencem o cananeu e o aramaico, e um tronco meridional, do qual fazem parte o árabe, o sabeu e o etiópico.
Inicialmente, o alfabeto grego era composto apenas de símbolos maiúsculos e todas as inscrições eram habitualmente entalhadas em letras maiúsculas. Os minúsculos foram criadas no Período Helenístico e popularizaram-se muito mais tarde; as minúsculas tornaram-se de uso corrente durante a Idade Média, do século VIII em diante.
Originariamente existiram variantes do alfabeto grego, sendo as mais importantes a ocidental Calcídica e a oriental Jônica. O Grego é uma língua das mais flexíveis e harmoniosas de todas as línguas indo-européias.
Dividia-se em quatro dialetos muito semelhantes: o ático, o jônico, o dórico e o eólico. Homero escreveu no jônico antigo, Píndaro em dórico e Safo em eólico.
A variante ocidental originou o alfabeto etrusco (relativo à Etrúria ou Tirrênia – Itália antiga) e daí o alfabeto romano. Atenas adotou no ano 403 antes de Cristo a variante oriental dando lugar a que pouco depois desaparecessem as demais formas existentes do alfabeto.
Já nesta época o grego escrevia-se da esquerda para a direita, enquanto que num princípio a maneira de o escrever era alternadamente da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, de maneira que se começava pelo lado em que se tinha concluído a linha anterior, invertendo todos os caracteres em dito processo.
Hoje em dia, no mundo inteiro, as letras do alfabeto grego ainda são muito utilizadas nas ciências, principalmente na Matemática e na Física.
Quanto aos numerais, desde o século II são utilizadas para a maior parte dos números as próprias letras seguidas de apóstrofo (α' = 1, β' = 2, por exemplo). Há símbolos específicos somente para alguns poucos números, como por exemplo o "sampi": ?' = 900).
Curiosidade: Na simbologia, Alfa é a primeira letra do alfabeto grego e Omega, a última. Por isso, representam o começo e o fim, respectivamente.
CONTATOS
Embaixada da Grécia no Brasilinfo@emb-grecia.org.br – http://www.emb-grecia.org.br
Sociedade Beneficente Cristã Ortodoxa Heleno-Brasileira do DFcomunidade@comunidadegrega.com.br – http://www.comunidadegrega.com.br/
Sociedade Helênica de São José dos Campos (SP)contato@sociedadehelenica.org.br – http://www.sociedadehelenica.com.br/

[História Geral] O que é Antiguidade Clássica ? - Prof.: Elmo

Antiguidade Clássica

O termo Antiguidade Clássica refere-se a um longo período da História da Europa que se estende aproximadamente do século VIII a.C., com o surgimento da poesia grega de Homero, à queda do Império romano do ocidente no século V d.C., mais precisamente no ano 476. No eixo condutor desta época, que a diferencia de outras anteriores ou posteriores, estão os fatores culturais das suas civilizações mais marcantes, a Grécia e a Roma antigas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.